domingo, 27 de janeiro de 2013

MEU CLICK:


Orquídea rosa

Imagem feita em março de 2012.
A orquídea em questão foi clicada na parte externa do Hotel Monreale, próximo à portaria, na cidade de Poços de Caldas, estado de Minas Gerais, Brasil.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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DADOS TÉCNICOS:
Câmera digital Canon, modelo t3i, ISO 400, abertura 1/250, sem flash. Galeria acessível através do link: http://olhares.com/paulopira.
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MINHA CRÔNICA:

Ora, bolas!

O ano de 2013 inicia e lá se vão dois anos da última vez em que disputei uma “pelada sabadal”. O tempo voa e não me dei conta de que já se passaram 24 meses. Como costuma-se dizer, parece que foi ontem mesmo que eu recebi aquele cruzamento do Emerson e emendei para o gol, sem chance de defesa para o (quase) intransponível goleiro Preguiça.

Isso mesmo, quando fiquei sabendo pelo Departamento Médico que ficaria fora algum tempo por questões físicas, procurei me lembrar qual teria sido meu último gol e esse foi meu derradeiro tento, até então. Só não sabia que a volta levaria dois anos.

Para me certificar de que o retorno não seria vexatório, entrei logo em contato com o Emerson. Afinal, graças a sua genialidade, foi mentor do meu último balançar de redes, antes do “exílio esportivo” forçado. Também telefonei ao Mazine para me passar as coordenadas, com base “excrusive” em sua experiência internacional. Para completar, vim a bordo da Hilux dele, para poder manter a pose, é claro!

Depois desse período, assim que começou o jogo, notei que algumas coisas mudaram em mim. Recebi um colete de cor laranja e em poucos minutos de bola rolando ficou claro quem seria a “laranja podre” da equipe. Logo de cara, na primeira partida, minha participação foi fundamental nos principais lances que resultaram em dois gols... Do time adversário. E assim terminou 2 x 0 para os “Blues”.

Mas meus principais adversários não eram aqueles atletas de coletes azuis. O sol, por exemplo, estava implacável. O pulmão, que na verdade são dois, mesmo somados pareciam que não passavam de meio órgão com a intenção de me fazer respirar. Já a inspiração era zero, ou algo muito próximo disso.

Quanto às pernas, a direita não conseguia entrar num acordo com a esquerda. A cintura era apenas um acessório capaz de suportar a barriga, que já começa a marcar presença. O coração mais parecia que apanhava do que batia e os olhos mal acompanhavam o objeto esférico, que se movia numa velocidade espantosa. Os oito minutos, até ser substituído pelo Claudinho, pareceram uma eternidade...

Com relação aos demais, alguns fios de cabelos brancos a mais e uns quilinhos adicionais para deixar claro de que se trata de um lugar ideal para atletas de peso. De novidade mesmo a presença de dois atletas Gaúchos. Ambos, gente fina!

Mas as características regionais ficaram mais acentuadas assim que o “rango” ficou pronto. Parecia um bando de nordestinos (com todo o respeito), sem receber o Bolsa Família por pelo menos três meses. É nessas horas que o ser humano mostra o seu lado mais primitivo. Como a intenção de justificar esse tipo de comportamento, vale destacar que a comida estava mesmo uma delícia! Parabéns ao Dú e ao Marcelo Galina.

Podem ter certeza de que não me esquecerei facilmente desse momento. Desde ontem, domingo, é a primeira coisa que me vem à mente quando acordo. Minhas costas, a panturrilha, o joelho direito e o tornozelo esquerdo, todos doloridos, fazem questão de me lembrar de minha volta. Mas é questão de tempo... Depois piora.  

No próximo sábado, dia 12, estarei ausente em razão de um casamento para o qual eu fui convidado. Mania que essa gente tem de se casar aos sábados, não é mesmo?

A partir do dia 19, fico na expectativa que um novo casamento aconteça: a união entre eu e aquele objeto esférico muito rápido e que insiste em pular constantemente para dificultar ainda mais minha empreitada. Tenho certeza de que há dois atrás não era assim. Se não acontecer o casamento pretendido, que seja pelo menos o início de um namoro, em que a gente se entenda e que procure se tratar mutuamente, se não com carinho, ao menos com um mínimo de cortesia. Caso isso não seja possível, o que há de se fazer?

Ora, bolas! Afinal, para que servem as cervejas geladas? Embora elas sejam de Agudos, essa conotação lancinante não provoca qualquer ferimento. Pelo contrário, desde que com moderação, são capazes de aplacar eventuais frustrações decorrentes do inevitável caminhar do tempo.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
Quero com esse texto expressar meu agradecimento pela maneira como fui acolhido por todos os amigos da Turma do Lupy, depois de dois longos anos de ausência dos gramados, apesar de minhas aparições esporádicas em outros eventos do grupo. A imagem utilizada é do site criacionismo.com.br
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