quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

MEU TEXTO:

Reflexão de final de ano

Aprendemos desde criança a cumprimentar as pessoas com quem nos relacionamos, primeiramente com um informal “oi”, depois, mais crescidos, com os habituais “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”.

Conversando com aquelas mais vividas, tomei conhecimento que, antigamente (bem antigamente, mesmo), pronunciar esses cumprimentos era algo que vinha mais do coração. Mais do que um simples gesto de gentileza, era o desejo de que a outra pessoa tivesse realmente um bom dia, por exemplo.

Com o passar do tempo, o desejo passou a ser uma cortesia e esta, por sua vez, passou a ser somente uma formalidade qualquer, de tal maneira que muitas vezes nem nos damos conta de quem estamos cumprimentando, pois nem sequer olhamos nos olhos um do outro. Assim, o então “bom dia” acabou se reduzindo num “... dia”, a fim de tão somente se cumprir uma imposição social.

No último dia 22, eu estive no Instituto de Mama de Piracicaba, acompanhando uma pessoa muito próxima, que está se recuperando de procedimentos cirúrgicos e tinha uma consulta marcada para aquela data. Quando lá cheguei, cumprimentei as duas secretárias, que já nos conhecia (aliás, sempre muito atenciosas com todos), mas não foi possível cumprimentar a todos, uma vez que a sala de espera estava tomada de outros pacientes, com respectivos acompanhantes.    

Uma das secretárias pediu que fizéssemos a gentileza de aguardar, pois aquele era o último dia do ano de atendimento médico e, além das habituais consultas, muitos dos pacientes que lá estavam iriam passar por tratamento quimioterápico.

Ao lançar um olhar pela ambiente, era possível ver mulheres de várias idades e muitas delas com cortes de cabelo pouco convencionais. Algumas com cabelos bem curtos, outras com a cabeça raspada e outras, ainda, usando algum tipo de aplique, fato esse que só tomamos conhecimento depois que algumas delas assim se manifestaram, com quem eu acompanhava.

Lembrei-me, então, de uma frase que li, não me lembro onde; “a vaidade de uma mulher brota da raiz de seus cabelos”. Levando-se em conta essa máxima, podia-se notar que todas elas (todas mesmo!) haviam abdicado de sua vaidade e fizeram vir à tona uma força visivelmente maior do que os problemas que enfrentavam.

Mas o que mais me chamou a atenção foi um outro detalhe muito importante. Cada vez que terminavam de ser atendidas, ou por algum médico nos consultórios, ou saindo da sala destinada à quimioterapia, elas passavam pelas secretárias e as cumprimentavam com um forte abraço.

Antes de ir embora, porém, todas elas, sem exceção, olhavam para as pessoas que estavam na sala de espera (lotada, repito) e, em razão da época do ano, acenavam para os presentes, desejando a todos um “Feliz Natal” e um “Feliz Ano Novo”, com um brilho especial nos olhos e uma sinceridade muito diferente do nosso “bom dia” convencional. Para um observador mais atento, aquilo foi uma experiência por demais emocionante.

Diante de tudo isso, podemos constatar que aquele pequeno grupo (e não apenas essas pessoas) representa uma singela amostra do comportamento humano. Somente quando está diante de situações extremas é que o ser humano se lembra de ser solidário. Quando se vê às voltas com algo que pode fazer referência à morte, as pessoas são capazes de olhar para seus semelhantes com a humanidade que deveria ser comum no convívio diário. Chega a ser irônico notar que são muito mais os aspectos voltados à morte que nos faz refletir sobre a vida. Entretanto, quando devidamente saudáveis, nosso alvo passa a ser um certo incômodo pela existência “do outro”.

Na nossa rotina, fomos de certa forma adestrados "que viver é competir", ser melhor em algum aspecto e ser mais bem sucedido que “o outro”, considerado um adversário (ou, em alguns casos, um inimigo) a ser batido. De acordo com o ponto de vista dos segmentos estritamente comerciais, viver nos dias de hoje é, de certa forma, estimular a prevalência sobre o outro, tido por muitos mentores do mundo competitivo atual como um concorrente, ou um “grande obstáculo” a ser superado.

Minha particular lição de final/começo de ano é que tenhamos, acima de tudo, um olhar capaz de espargir saúde, quando lançado na direção do outro, e que eventuais diferenças sejam vistas apenas como normais características divergentes de “um outro eu”.

Que os cumprimentos de "Feliz Ano Novo" sejam diferentes dos já desgastados "bom dia". Que sejam um desejo intenso e sincero e não um balbuciar automático de palavras vazias, conforme fomos devidamente condicionados ao longo de nossa vida. 

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: O texto acima pode parecer ingênuo, recorrente ou utópico. Mas ele reflete a maneira de como costumo ver o mundo, dentro de minha limitação,com meus acertos e equívocos, comum à qualquer pessoa. E os finais de ano, em especial, me remetem obrigatoriamente à John Lennon: "você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único". Sou, portanto, um sonhador assumido e dentro dessa visão utópica, me socorro do escritor irlandês Oscar Wilde, para quem "o progresso não é senão a realização das utopias". Para finalizar, o que me refiro, em particular, é sobre o progresso humano. Utópico?... Será mesmo?
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sábado, 12 de dezembro de 2015

MEU TEXTO:

Graduação

Sem dúvida nenhuma, foi uma experiência muito interessante e fundamental para um curso de Licenciatura. Ao me colocar numa posição de expectador, tive oportunidade de acompanhar o desenrolar de cerca de seis meses de aulas, podendo observar a melhor maneira de expor um assunto e as diversas reações dos alunos em sala.

Especificamente no caso de “Filosofia”, por se tratar de uma Disciplina de conteúdo muitas vezes subjetivo, pude presenciar as formas que o professor procurava trazer os conceitos para a realidade do mundo em que vivemos, facilitando, assim, o entendimento e relevância do assunto abordado.

Pude constatar a eficiência e melhor aproveitamento de conteúdo quando da utilização recursos audiovisuais, muito embora reconheça a dificuldade em se preparar frequentemente aulas nesse formato, o que requer uma disponibilidade de tempo fora de sala de aula, nem sempre possível ao professor.

Gostaria de destacar a postura profissional e ao mesmo tempo humana do Prof. Vitor Medina, tanto no trato com os estudantes, como também na preocupação e dedicação na transmissão de sua vivência como educador. Além da atenção dispensada em sala de aula, colocou-se à disposição para a preparação de aulas fora do ambiente escolar.

Toda vez que foi solicitado, sempre procurou se posicionar de maneira objetiva, expondo seu ponto de vista de maneira clara e detalhada acerca dos questionamentos. A comparação, por exemplo, de aulas com o mesmo conteúdo, aplicadas em classes distintas, com desenrolar diferente, era motivo de reflexão tanto para mim, como para ele próprio, que algumas vezes chegou a fazer uma espécie de “mea culpa”, mostrando que a arte de ser educador requer também humildade e constantes avaliações.

Importante mencionar, também, a postura dos alunos, que desde o início até o final do estágio, sempre se comportaram de maneira respeitosa para com a minha pessoa, apesar do estranhamento inicial pela “invasão de seu espaço”, eles se acostumaram com a minha presença e se relacionavam comigo de uma forma muito saudável.

Também de suma importância a postura das demais pessoas vinculadas à escola, que em todo momento se colocaram à disposição para toda e qualquer informação por mim solicitada, e, com o passar do tempo, trataram-me de tal maneira que me fez sentir “quase que integrado” ao Colégio.

Certamente foi uma experiência ímpar, que me proporcionou conhecer com mais propriedade as “dores e delícias” de ser professor, num contexto social algumas vezes conturbado, dentro de um país que valoriza muito pouco um segmento tão importante que é a Educação.

Enfim, a conclusão pessoal de que ser professor não é apenas uma opção por uma profissão, mas a certeza de que se trata de uma vocação. Muito embora a compensação financeira não seja algo tão certo na carreira de quem se propõe a abraçar, fica a satisfação interior de poder contribuir de maneira singela, mas também importante e decisiva, para a construção de um futuro melhor. Talvez aí resida o maior desafio e, ao mesmo tempo, seja o mais gratificante.

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TEXTO: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: Hoje foi um dia muito especial, pois foi realizada a cerimônia de Colação de Grau do curso de "Licenciatura em Filosofia", no auditório do "Claretiano - Centro Universitário", na cidade de Rio Claro-SP. Iniciei o curso nessa Faculdade em 2011, terminando em 2013, ficando para os anos seguintes o cumprimento dos demais componentes para a conclusão da graduação, em especial o Estágio, que fiz no "Colégio Tales de Mileto", em Piracicaba-SP em 2014. Por essa razão, eu resolvi publicar o texto de "Conclusão dos Relatórios em Sala de Aula", que resume muito rapidamente a experiência por mim vivenciada.
Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer ao Prof. Antonio Filogênio de Paula Júnior, cujas aulas na Faculdade foram extremamente proveitosas, graças ao seu conhecimento e, principalmente, pela exposição dos temas abordados. Sou grato, também, ao Prof. Vitor Medina, do colégio "Tales", pela atenção e dedicação durante o período e estágio.
Um agradecimento especial ao meu irmão Alex, também formando nesta data, que me convidou à fazer o curso e que me orientou durante os estudos, por ter sido a sua segunda graduação. Grato, principalmente, à minha esposa e minha filha pelo apoio e incentivo manifestados desde o início, até o dia da graduação.
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

UMA CITAÇÃO...

Idade

"Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve."

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Arthur Schopenhauer
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COMENTÁRIO - Paulo Cesar Paschoalini:
O alemão Arthur Schopenhauer nasceu em 1788 na cidade de Danzig e faleceu em 1860 em Frankfurt. Foi um importante filósofo do século XIX e seu pensamento tem como ponto de partida alguns conceitos da filosofia kantiana. Introduziu o pensamento indiano e conceitos budistas na metafísica alemã e essa influência o fez aceitar o ateísmo. Sua principal obra foi "O mundo como vontade e representação" e ficou conhecido por sua visão realista-pessimista. Influenciou o pensamento de importantes figuras, como Edwar von Hartmann e Friedrich Nietzsche. Segundo ele, o amor seria como uma meta a ser alcançada e não acreditava que se relacionava com a felicidade (Wikipédia).
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

MINHA POESIA:

Ver

Ver-me,
verme vermelho,
verminado.

Ver-te;
verte vertigem;
vertente.

Ver-se,
verso versátil;
versejar.

Vê-la,
vela veloz;
velejar.

Ver,
verte verso
veloz.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: O texto acima é um jogo de palavras, onde elas se relacionam dentro de cada estrofe, sendo que, na última delas, foi extraída uma palavra de cada uma das anteriores para compor o fechamento. A visão é um dos sentidos pelos quais o poeta exercita a sua percepção. O ato de ver a si mesmo, ver a ti, ou uma terceira pessoa, permite velejar ao sabor dos sentidos e sentimentos. Assim, ver e observar faz com que os versos vertam rapidamente, soprados pelos ventos da inspiração, com a intenção de convidar a imaginação do leitor a navegar. O poema etá na página 57 do livro "Arcos e Frestas", selecionado em concurso literário promovido pela Editora Blocos, RJ, e publicado em 2003. É um dos textos disponibilizados no site da editora, onde é mencionado o autor: http://www.blocosonline.com.br/literatura/autor_poesia.php?id_autor=1503&flag=nacional
OBSERVAÇÃO: Por se tratar de conteúdo poético, é possível que, ao utilizar um aplicativo para tradução do texto, não se preserve o mesmo efeito visual e/ou fonético pretendido pelo autor e também não haja total fidelidade de sentido da escrita original.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

UMA CITAÇÃO...

Perguntas...

"Um dos problemas do nosso tempo é que perdemos a capacidade de fazermos as perguntas que são importantes. A escola nos ensinou a dar respostas: a vida nos aconselha a que fiquemos quietos e calados."

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AUTOR: Mia Couto
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COMENTÁRIO - Paulo Cesar Paschoalini:
Mia Couto é o pseudônimo de António Emílio Leite Couto, que nasceu em 5 de julho de 1955, na cidade de Beira, capital da Província de Sofala, em Moçambique, um dos países africanos cujo idioma é o português. É o escritor moçambicano mais traduzido e o seu primeiro romance "Terra sonâmbula", publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995, sendo considerado um dos 10 melhores livros africanos de século XX. Muito embora seja graduado em Biologia, é em literatura que ele se destaca, devido a qualidade de seus livros, o que já lhe rendeu reconhecimento em vários países, além de sucessivas premiações (Wikipédia). A frase acima foi extraída do site português "Citador", que vale a pena ser visitado.  
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terça-feira, 3 de novembro de 2015

MINHA CRÔNICA:

Viagem através da música

“A música é uma revelação superior à filosofia.” (Beethoven)

Muitas vezes somos convidados a fazer uma determinada viagem e antes mesmo de iniciá-la nos perguntamos se vele a pena tal empreitada. Pois bem, fui convidado para um espetáculo musical chamado “Viagem através da música”, apresentado no Teatro Municipal “Dr. Losso Neto”, dia 29 de julho, às 20 horas, cujos músicos que se apresentariam eram todos “guardinhas” ou recém ex-guardas-mirins.

Sem pestanejar, lá fui eu embarcar naquela “viagem”, levando na bagagem a lembrança e saudade dos tempos em que fui guarda-mirim, entre os anos de 1973 a 1976. Recordo até mesmo a matrícula: 364. Uma das coisas mais marcantes naquela época foi o som inconfundível da Banda da Guarda Mirim, regida pelo Prof. Romeu, já falecido. Embalado por aquelas notas musicais, que ainda ecoam na lembrança, lá estava eu acomodado na poltrona à espera do show.

Além do prazer em rever algumas pessoas que não via há muito tempo, o que eu vi foi, literalmente, de encher os olhos. A princípio, dezenas de jovens músicos executando obras, sob a batuta de Marcos Granado, também ex-guardinha. Execuções perfeitas. Em seguida, a participação da Banda “B”, composta de alunos iniciantes, sob a regência do ainda guarda-mirim Robson Agostini, o que garante a continuidade de músicos e regentes competentes.

Grande emoção tomou conta do Teatro quando o Prof. Luis Cláudio Alves regeu obras consagradas, com arranjos musicais feitos por ele mesmo. Esse ex-guardinha, que é um verdadeiro exemplo de vida, mostrou que garra e talento podem superar as maiores adversidades. E por falar em exemplo, foi feita a leitura de um texto comovente, escrito pelo Comandante Frederico Ciappina Neto, em que narra a história do ex-guardinha, Dr. Wilson Roberto de Barros, médico falecido em março de 2003, que para custear seus estudos contava com seu próprio esforço e, graças ao seu talento musical, tocava seu trompete em finais de semana para manter vivo o sonho de tornar-se médico.

Para fechar com chave de ouro, a Banda, com status de Filarmônica, sob o comando do regente João José Leite (mais um ex-guardinha), executou obras mais complexas, com a ilustre participação especial do solista Joel Barbosa, outro ex-guardinha, que graduou-se em clarineta em Tatuí e após anos de estudo obteve o grau de Mestre Doutor em Artes Musicais, no início da década de 90, pela “University Of Washington” e atualmente é Professor Titular de clarineta da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia-UFBA. Já realizou apresentações solo e de câmara no Brasil, EUA, Áustria, Alemanha e Colômbia.   

Essa foi a terceira apresentação da Banda Musical denominada “João Romeu Pitoli”, homenagem ao professor que conseguiu transformar menores carentes em músicos brilhantes. É oportuno citar uma frase de Platão: “A educação deve começar pela arte”.

Vendo aqueles adolescentes de origem humilde, pude constatar que o verdadeiro talento artístico é algo tão sublime que transcende o comum e não escolhe classe social. É pena que para se fazer sucesso é necessário dinheiro e influência, haja vista o “nepotismo musical” que assola a mídia, onde filhos de artistas, com atributos musicais e vocais discutíveis, também tornam-se “artistas”, interpretando composições de qualidade duvidosa.

Parabéns a todos os organizadores e participantes do espetáculo. Apenas lamento o fato de que os órgãos de comunicação locais deram modesta divulgação e pouca importância ao evento. Era uma ótima oportunidade para mostrar que, apesar da violência e caos social em que vivemos, as classes menos favorecidas são capazes de produzir artistas de alto nível.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
Resolvi postar a crônica acima, depois de ler na edição de hoje na Gazeta de Piracicaba, na página 7, Seção "Gente", uma reportagem convidando o público piracicabano para assistir à apresentação da Banda Musical composta por alunos do "Instituto Formar", antiga Guarda Mirim. Há cerca de dez anos, em meados de 2005, depois de eu ter assistido a um evento semelhante a esse, eu redigi o texto, que dias depois foi publicado no Jornal de Piracicaba, dessa vez graças ao Mário Evangelista, Editor do "JP" na época. Aos professores, músicos e demais pessoas envolvidas os meus parabéns antecipado pela apresentação, que será logo mais às 20:00 horas, no Teatro Erotides de Campos, no Engenho Central.
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domingo, 18 de outubro de 2015

UMA CITAÇÃO...

A vida...

"A vida não pode ser menos do que uma linda história de amor."

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AUTOR: Desconhecido (?)
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COMENTÁRIO:
No dia de hoje, eu estive mais uma vez presente à missa das 11:00 horas, no Santuário Nossa Senhora dos Prazeres, em Piracicaba-SP. Durante a homilia, o Padre Edvaldo de Paula Nascimento citou uma frase, que eu fiz questão de gravar na memória, devido à intensidade e leveza presente no seu conteúdo. Procurei na internet, conforme ele tinha mencionado, mas não encontrei nada parecido. Ele mesmo não citou o nome de nenhum(a) escritor(a), como costuma fazer em certas oportunidades, quando destaca alguma citação de escritores consagrados. Pode ser que ele mesmo seja o autor, o que não é difícil de se supor, já que trata-se de uma pessoa de muita cultura, além de ter como característica pessoal a sensibilidade. De qualquer forma, não quis cometer uma eventual leviandade ao atribuir a frase como sendo dele, para não se injusto com algum possível autor. O que importa, no entanto, é que está feito o registro dessa citação simples e sutil, mas, ao mesmo tempo, forte e abrangente.
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terça-feira, 6 de outubro de 2015

MEU TEXTO:

Opção

"Enquanto seus amigos gostavam de sair com garotas para 'pintar e bordar', o jovem só saía com rapazes, pois só gostava de bordar."

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: Recebi na tarde de ontem, pelo correio, o encarte relativo ao "5º Concurso Microcontos de Humor de Piracicaba" e, para a minha surpresa, encontrei na página 24 o meu texto, reproduzido acima, que foi um dos selecionados para compor o livreto do evento, sem que eu tivesse recebido a informação. Esta foi a terceira vez que participei e estou muito feliz por ter sido selecionado pela terceiro ano consecutivo. Nada mal, não é mesmo? A imagem acima é a vista de um dos galpões do Engenho Central de Piracicaba. É em prédios semelhantes a esse, devidamente revitalizados na parte interna, que acontece a exposição dos trabalhos. Parabéns a todos os selecionados!
OBSERVAÇÃO: A palavra 'pintar' e a palavra 'bordar', quando escritas separadamente, são expressões artísticas ou, então, fazer um tipo de trabalho manual. Porém, quando grafadas juntas e entre aspas, o termo 'pintar e bordar' significa 'passar dos limites', ou 'agir de maneira inconsequente'. No caso específico do texto, podemos dizer que seria 'abusar dos desejos comuns à juventude'. Essa observação tem por finalidade facilitar o entendimento das pessoas de outros países que acessam este blog (para minha surpresa e satisfação, em número expressivo) e se utilizam de aplicativos/sites para Tradução de texto, nem sempre com a devida fidelidade.
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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

MÚSICA:

Reconhecimento
 
A Gazeta de Piracicaba traz na edição de hoje, na seção 'Gente', uma matéria sobre a Banda Dona Zaíra, que na noite desta quarta-feira, "recebe o prêmio Exxxccelência, que premia pessoas conceituadas de Piracicaba. O grupo recebe o prêmio na categoria Músicos."

A reportagem cita que o reconhecimento em rede nacional ocorreu pouco depois do lançamento do último CD, denominado 'Antenas e Raízes', que mostra uma nova fase do grupo, com uma leitura particular do forró na era digital.

Com uma predominância do forró, no novo trabalho a banda transita também por outros ritmos como carimbó, catira, coco-de-roda, cúmbia, hip hop, iê-iê-iê, maracatu, MPB, música eletrônica, rock'n roll e tropicalismo, abordando temas como política, globalização e sexualidade, sem deixar de fora o amor, é claro.

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TEXTO: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: O texto foi baseado na reportagem publicada na página 14 da "Gazeta de Piracicaba", edição 2818, de 30/09/2015. A imagem escolhida é a mesma que estampa a matéria da "GP". A palavra "Reconhecimento", escolhida como título desta postagem, foi extraída do texto da reportagem e fica a expectativa para que outros merecido prêmios como esse mencionado também possam valorizar a competência de Rafael Beibe, André, Matheus, Diego, Rafael e Maicon, reconhecidamente, músicos de talento. Parabéns, moçada! Muito sucesso, saúde e sabedoria...
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domingo, 27 de setembro de 2015

MINHA CRÔNICA:

Despertando consciência

E não é que de repente todos passaram a se preocupar com o meio ambiente!? Ou, pelo menos, quase todos. Para que isso fosse possível, foi necessária a iminência da instalação de uma usina termelétrica nas imediações de Piracicaba, para subir de vez a temperatura da opinião pública.

O assunto do momento é a virtual instalação da malfadada usina, que desde já vem tratando de produzir energia suficiente para gerar uma certa polêmica. É bem verdade que a maioria da população não dispõe de dados necessários para dar um parecer acerca do assunto, mas, mesmo assim, muita gente faz questão de se informar para poder emitir a sua opinião e isso eu vejo de uma forma muito positiva. Se essa usina termelétrica for capaz de despertar a consciência da população para questões ecológicas, que até então eram vistas apenas como modismo, já terá cumprido o seu papel.

Apesar das pessoas em geral não terem conhecimento técnico suficiente para falar sobre o assunto, o que chama a atenção é o bom senso daqueles que se posicionam de forma contrária a instalação da tal usina. Pessoas que, assim como eu, conheceram um rio caudaloso no passado, hoje se deparam com um leito que conduz águas escuras e silenciosas, sem forças para levarem para longe a insensatez daqueles que, sob os mais variados pretextos, insistem em interferir no curso natural das coisas, sem se preocupar com consequências futuras.

Muito próximo das margens do rio Piracicaba, são lançados esgotos domésticos e resíduos industriais das mais variadas origens, deixando peixes e outros seres vivos sedentos por um pouco de águas claras, que estão prestes a serem novamente subtraídas. Em seu leito a vida já não vem encontrando mais condições para se desenvolver e, a continuar assim, tudo que ali existe estará caminhando em direção a morte certa. Os peixes de muitos quilos só são pescados na memória daqueles que conheceram um rio, que foi fonte de inspiração para muitas músicas que enalteciam a sua beleza, mas hoje, infelizmente, agoniza.

Pessoas ligadas às mais variadas entidades vem se mostrando preocupadas com a natureza e isso é muito salutar. No entanto, o engajamento nessa luta pela vida não tem sido visto por parte de um segmento fundamental da sociedade. Boa parte das religiões tem adotado uma postura de neutralidade diante desse problema crucial, numa clara atitude de que “isso não é comigo”. Claro que é!

Não digo que as religiões devam apenas opinar com relação a instalação ou não de Carioba II. Não me refiro somente a essa ação específica, mas sim a uma atitude mais abrangente visando despertar a consciência para com o meio ambiente e a preservação da natureza de um modo geral. Diversas crenças dizem que Deus muitas vezes se manifesta através da natureza, mas não “mexem uma palha” para preservar essa mesma natureza. Na verdade, uma ou outra religião tem se manifestado sobre o assunto, mas numa cidade com inúmeras tendências religiosas, a participação tem sido um tanto quanto tímida e discreta.

É sabido que a água é usada como símbolo em muitos cultos religiosos. Algumas vezes ela é usada em rituais de batismo, outras para lavar escadarias e outras, ainda, para cerimônias à beira mar. Existem, também, outras formas mais de utilizar a água e todas com um forte significado simbólico, nas mais diversas crenças. Porém, já passou da hora das religiões perceberem que a água não é apenas um simples símbolo. Mais do que isso, esse líquido precioso é essencial para preservar aquilo que se tem de mais sagrado: a Vida. Ao Ser Supremo coube criar e ao ser humano cabe preservar a criação.

Infelizmente a maioria das religiões vem se omitindo em relação a essa questão vital. Muitas crenças vem adotando uma atitude tal qual Pilatos, que lavou as mãos quando se viu diante de um problema que envolvia vida e morte. Basta de omissão!

“E disse também Deus: Ajunte-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. A porção seca chamou Deus, Terra. E o ajuntamento das águas, mares. E viu Deus que isso era bom” (Gênesis 9 e 10).

Seria importante que todas as religiões contribuíssem, assumindo uma posição mais efetiva  com relação a sobrevivência do ser humano e de preservação da natureza. Chegou o momento de se tomar uma atitude concreta. E verá o ser humano que isso será muito bom...

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: O texto acima foi publicado na página A-2 do "Jornal de Piracicaba", edição de 18.05.2001. O jornal em questão é um dos meios de comunicação mais tradicionais da região. Foi fundado no ano de 1900, cobre 13 cidades e tem tiragem estimada em 20.000 exemplares em dias úteis e 32.000 em finais e semana (sucursalsp.com.br).
Apesar de ter sido escrito há um certo tempo, trata-se de um assunto muito atual, tendo em vista as mudanças climáticas que afetam o clima do planeta, principalmente nos últimos anos. Por isso, tem sido um dos principais temas abordado pelo Papa Francisco nos Estados Unidos, na visita que terminou hoje.
Foi a minha primeira crônica publicada e aproveito a oportunidade para agradecer a Joacir Cury, na época Editor Chefe do "JP", pela gentileza em estampá-la naquela edição. Hoje, quando eu leio novamente o texto, eu o vejo com outros olhos e, certamente, o teria escrito de maneira diferente; não saberia dizer qual seria o seu conteúdo, mas sei que seria de outro modo. Afinal, transcorridos mais de 14 anos, o mundo passou por diversas transformações, assim como o contexto em que vivemos se tornou diferente. Por muita coisa ter mudado em torno de mim, sinto que eu também não sou mais o mesmo.
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sábado, 12 de setembro de 2015

UMA CITAÇÃO...

Vaidade

"Cheguei a firme convicção de que a vaidade é a base de tudo e de que, finalmente, o que chamamos de consciência é apenas a vaidade interior."

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AUTOR: Gustave Flaubert
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COMENTÁRIO - Paulo Cesar Paschoalini:
Gustave Flaubert nasceu em 1821 e morreu em 1880. Foi um importante nome da literatura francesa, destacando-se pela profundidade com que analisava a realidade e pela sua visão a repeito do comportamento social. Seu romance mais conhecido é 'Madame Bovary', que começou a ser escrito em 1851 e que levou cinco anos para ser concluído. O destaque nessa obra é a dura depreciação dos valores burgueses e ridiculariza sua própria condição social. Em 1866 foi condecorado pelo governo francês com a Legião de Honra. (fonte: Wikipedia).
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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

MINHA POESIA:

Faz de conta

Outro dia mesmo estava me divertindo,
assim meio descuidado, meio distraído,
e pelas brincadeiras de infância atraído.

Vieram outros dias, outras noites,
e, então, o tempo, sorrateiramente,
foi levando para longe de mim, dia após dia,
o pião que fazia girar as minhas fantasias;
as bolinhas de sabão, que eram meu alento,
foram desmanchando-se ao sopro do vento.

O faz de conta, os pés descalços, as 'partidas',
o 'bate-bola' nos campinhos de terra batida;
as alegres brincadeiras de 'esconde-esconde,
me escondiam do mundo adulto, não sei onde.
Enfim, até me dar conta de que chegou o dia
que esconder já não mais conseguia.

Eu não gostei de ter crescido, realmente.
Vez por outra eu me perco à minha procura.
Eu queria ter de novo aquela estatura,
aquela inocência, aquela candura.
Não queira esse mundo de loucura,
onde a verdade se vai e a mentira perdura.
Eu queria ser um menino eternamente.

Na verdade sou criança, apesar da aparência,
e luto para não ser adulto, com veemência,
para não adulterar de vez a minha essência.

O pião perdeu-se num mundo que continua a girar,
as bolinhas de sabão desfizeram-se de vez pelo ar
e nas ruas asfaltadas meus pés calçados vêm pisar.

Mas eu sigo brincando de esconde-esconde, contudo,
com o tempo que insiste em transformar tudo;
faz de crianças felizes, adultos sisudos.

Meu corpo de adulto pelo tempo foi esculpido,
embora me sinta criança, num corpo crescido,
com roupas de adultos, mas espírito despido.

Quanto mais ele muda, mais me contraponho,
pois muda um reino encantado de sonhos,
em um mundo ainda mais infeliz e tristonho.

Cresci e não gostei; isso me desaponta.
Por isso mantenho esse desejo oculto,
insistindo em brincar de faz de conta,
'fazendo de conta' que sou adulto.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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PREMIAÇÕES:
– Menção Honrosa no “X Concurso Nacional de Poesias-APLA”, da Academia Pontagrossense de Letras e Artes, da cidade de Ponta Grossa-PR.
– 7ª colocada no “XXXIX Festival de Música e Poesia – FEMUP 2004”, da Fundação Cultural de Paranavaí-PR, declamado por Bruna Boaretto, em 20/11/2004, noite de premiação do evento.
– Texto apresentado nos dias 15, 16 e 17/09/2006, no Teatro Municipal “Dr. Losso Neto”, em Piracicaba, durante do show "Simplesmente", do grupo musical "Falando da Vida", interpretado por Nelma Nunes, atriz com participações em espetáculos na cidade de Piracicaba e região.
– Texto selecionado para compor o encarte comemorativo aos 25 anos do Grupo Musical "Falando da Vida", da cidade Piracicaba-SP, no ano de 2010.
 Selecionado no "XIII Prêmio Escriba de Poesia", da cidade de Piracicaba-SP, sendo uma das 31 poesias escolhidas dentre mais de 1300 textos inscritos em 2015.
ATENÇÃO: Ao fazer uso de algum tipo de aplicativo para Tradução, é possível que o texto traduzido não seja necessariamente fiel ao original, já que cada idioma tem a sua particularidade, principalmente quando se tratar de conteúdo poético.
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terça-feira, 1 de setembro de 2015

LITERATURA:

Prêmio Escriba de Poesia - 2015

A Biblioteca Pública Municipal de Piracicaba "Ricardo Ferraz de Arruda Pinto" anunciou o resultado do "XIII Prêmio Escriba de Poesia". Trata-se de um tradicional evento literário brasileiro, promovido pela SEMAC - Secretaria Municipal de Ação Cultural, que acontece todos os anos para as categorias poesia, contos ou crônicas, que se alternam a cada edição. Para este ano, cada concorrente deveria enviar até duas poesias de própria autoria, sem necessidade de serem inéditas. Os três primeiros colocados receberão, respectivamente, os valores de R$ 4.000, R$ 3.000 e R$ 2.000, além de R$ 1.500 para o melhor de Piracicaba. Segue-se, ainda, as Menções Honrosas e demais selecionados em 2015:

CLASSIFICAÇÃO:
1º Lugar – Refúgios para Guardar meu pai, de Patrícia Claudine Hoffman – Balneário Barra do Sul–SC
2º Lugar – Ex-comungado, de Carlos Alberto Bellini - Porto Ferreira-SP
3º Lugar – Verão, de Adriano Wintter Sobrosa - Porto Alegre–RS
Melhor de Piracicaba – Agonia da Palavra - de Ésio Antonio Pezzato

MENCÕES HONROSAS:
Ilusões Perdidas – Leda Coletti
Aquém e Além da Cajaraneira - Vicência Maria Freitas Jaguaribe
Poemartírio – Geraldo Trombin
Perspectiva – Ronaldo Henrique Barbosa Junior
Súplica – Samuel Antunes dos Santos
Despedida de barco – Baktalaia de Lis Andrade Leal
Iluminura – Luiz Cláudio Bento Rodrigues

SELECIONADOS:
Via Litterae – Rafaela Gomes Figueiredo
A casa dos rolos de papiro – Diego Martins de Paula
Clarice L´Spectre – Sônia Marçal Pavan
Caos – Rosicler Antoniacomi Alves Gomes
Pseudopsicologia da composição – Augusto Sérgio Bastos
Hei – Fernanda da Silva Lopes
Borboletas Rupestres – Pedro Jorge Rodrigues Gomes
De Ser em Hiato – Matheus Vinícius de Sousa Fernandes
Faz de conta – Paulo Cesar Paschoalini
Hipnos – Rubens Chinali Canarim
Palavras - Patrícia da Costa
As coisas vivas – Ana Flávia de Melo Mendes Carvalho
# Lua – Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto
Medusa – Rodolfo Elias Minari
Corpo e Alma – Sergio Fonseca
Vó e Vô – André Telukazo Kondo
Ménage à Trois – Jacqueline Salgado
Curriculum Verax - Lucas Bronzatto Silveira
Água nua – Ilda Pinto Almeida
Paradoxo – Mateus Felipe dos Reis Martins

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FONTE: Biblioteca Municipal de Piracicaba
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COMENTÁRIO - Paulo Cesar Paschoalini:
Tive a grata satisfação de ter a minha poesia "Faz de conta" como sendo uma das 31 escolhidas, dentre mais de 1.300 textos inscritos, enviados por 684 participantes. Sem dúvida um número expressivo, o que, por certo, valoriza ainda mais o fato de ter sido selecionado. A imagem escolhida é do Engenho Central de Piracicaba, local que abriga eventos culturais da cidade. Informações: http://biblioteca.piracicaba.sp.gov.br/premioescriba.
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domingo, 30 de agosto de 2015

UMA CITAÇÃO...

Experiência

"A experiência não é o que nos acontece;
é o que fazemos com aquilo que nos acontece."

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AUTOR: Aldous Huxley
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COMENTÁRIO - Paulo Cesar Paschoalini:
Aldous Leonard Huxley nasceu em 1894, na cidade de Godalming, No Reino Unido, e faleceu em 1963, em Los Angeles, nos Estados Unidos, Foi um importante escritor inglês e um dos mais proeminentes membros da família Huxley. Publicou contos, poesias, entre outros tipos de gêneros literários, sendo o romance "Admirável mundo novo" a sua obra mais famosa (fonte: Wikipedia).
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sábado, 22 de agosto de 2015

UM TEXTO...

Trato

"O equilibrista o tratou como um palhaço. No sorriso sob o nariz vermelho, a certeza que isso era melhor do que viver na corda bamba."

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AUTORA: Márcia Luciana Marques Paschoalini
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COMENTÁRIO - Paulo Cesar Paschoalini:
O texto acima foi um dos selecionados no "5º Concurso Microcontos de Humor de Piracicaba", neste ano de 2015. O evento faz parte do "42º Salão Internacional de Humor de Piracicaba", cuja abertura acontece na noite de hoje, no Engenho Central. Foi o terceiro ano consecutivo em que eu e minha esposa participamos, sendo que nas três oportunidades nós tivemos pelo menos um dos textos selecionados, conforme pode ser conferido nas postagens de anos anteriores. No ano passado, porém, tivemos a satisfação de ter ambos os textos escolhidos entre os classificados para compor a coletânea.
O Microconto é uma narrativa sucinta, em que o autor precisa descrever uma breve história/situação, contendo no máximo 140 toques, incluindo espaços e o título, conforme previsto no Regulamento do Concurso em questão.
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terça-feira, 18 de agosto de 2015

UMA CITAÇÃO...

Leitura

"Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno."

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AUTOR: Friedrich Nietzsche
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COMENTÁRIO - Paulo Cesar Paschoalini:
O alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 1844 na cidade de Röcken e faleceu no ano de 1900 em Weimar. Foi um filólogo, filósofo, crítico cultural, poeta e compositor do século XIX. Escreveu vários textos críticos sobre a religião, a moral, cultura contemporânea, filosofia e ciência, expressando-se também através de metáforas, ironia e aforismo (fonte: Wikipedia). O texto acima foi extraído do site português "Citador" (por essa razão, está grafada a palavra 'carácter'), que eu convido os leitores a acessarem e conheceram um pouco sobre alguns autores em língua portuguesa, além de outros textos de escritores consagrados, de várias épocas e nacionalidades. 
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terça-feira, 28 de julho de 2015

MINHA CRÔNICA:

A sorte mora num fim de mundo


Quantos de nós fazemos lá a nossa “fezinha”, nas mais diversas loterias, torcendo para que a sorte venha bater à nossa porta. E não é que, entra semana, sai semana, e nada dela encontrar o nosso endereço, não é verdade? Quem de nós nunca teve a curiosidade de saber onde ela reside? Aí pensei comigo mesmo: bem, já que ela não vem até mim, que tal eu sair a procura dela? Mas, de fato, onde será que mora a tal da sorte?

A dúvida persistiu por muito tempo, até que, por semanas e mais semanas acompanhando o resultado das loterias da Caixa Econômica Federal, eu pude encontrar pelo menos uma pista sobre ela. Toda vez que sai o prêmio de alguma loteria acumulada, especialmente a Mega-Sena, para um único apostador, é comum ouvir de qualquer cidadão: “Puxa vida; saiu para alguém que mora lá num fim de mundo!”

Então concluí: a sorte mora num fim de mundo. Se bem que o conceito de “fim de mundo” é muito relativo. Para quem mora no estado de São Paulo, como é o meu caso, qualquer pequena cidade dos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por exemplo, são o que popularmente se convencionou chamar de cafundó. Já para quem vive nessas regiões, nós do Sul ou Sudeste é que fazemos parte do fim de mundo.

Não me refiro às capitais ou cidades consideradas de grande porte. Quero dizer vilarejos que muitas vezes “nem constam do mapa”. São cidadezinhas sem qualquer infra-estrutura que, como costumam dizer, estão por conta do destino, dependendo da piedade divina, ou, ainda, entregues à própria sorte. E não é que a sorte tem cuidado bem delas! Basta acumular uma considerável soma em dinheiro em qualquer das loterias existentes, que a “bolada” invariavelmente acaba saindo para um único apostador de um lugarejo qualquer.

Isso mesmo: a sorte costuma subverter qualquer probabilidade matemática, indo cair nas mãos de um cidadão que muitas vezes fez um, ou, no máximo, dois joguinhos. Com tanta gente vivendo nos estados mais populosos do país e, conseqüentemente, tendo o maior número de apostas, era de se supor que, matematicamente, seriam premiados mais apostadores das regiões Sul e Sudeste. Contudo, poucas vezes um sujeito dessas regiões leva a “bolada”. Não que apostadores desses estados não ganhem na loteria, mas, quando acumula, curiosamente costuma sair para uma só pessoa e de um lugar que nunca, ou pouco se ouviu falar. 

Às vezes chego até a pensar que a tal da sorte tem exercido um papel quase que social. Em razão da incompetência das autoridades, parece ter incorporado Nêmesis e sua justiça distributiva, chamando para si a responsabilidade de resolver o problema de concentração de renda. Dessa forma, tem voltado a sua atenção para os menos favorecidos, independente de qualquer prognóstico.    

É bom ressaltar que em 2010, no concurso 1.155 da Mega-Sena, um único cartão teria sido premiado com pouco mais de R$ 52 milhões, em Novo Hamburgo, considerada uma cidade de grande porte do Rio Grande do Sul. Porém, o dono da lotérica “Esquina da Sorte” alega que uma funcionária se esqueceu de fazer o jogo. Para cerca de 40 apostadores, a sorte deu as caras, mas acenou e virou a esquina, deixando todos, inclusive, pobres de esperança.

A despeito disso tudo, muitos chegam a colocar em dúvida os sorteios realizados pela CEF. Entretanto, eu não sou o tipo de sujeito que engrossa essa lista. Afinal, são realizados com presença de grande público e suponho que sejam fiscalizados e devidamente auditados. Tenho aqui comigo que os sorteios dos concursos são 99% confiáveis. O tal do um por cento restante fica por conta de alguns desvios verificados ao longo dos anos. Para quem não se lembra, ou desconhece, vale recordar, por exemplo, o caso do já falecido ex-deputado federal João Alves, que ganhou na loteria cerca de 200 vezes. Vá ter sorte assim lá no cafundó! Pois é, geralmente é lá mesmo.

Ao ler tudo isso, alguém poderia perguntar se, por acaso, eu nunca vou a uma Casa Lotérica fazer uma “fezinha” de vez em quando. Mas claro que faço! Uma vez ou outra eu arrisco, sim! Aí, então, toda vez que eu fico na fila, aguardando a minha vez de fazer o jogo e sonhar com uma “bolada”, eu me encho de esperança e ilusão pensando: quem sabe a sorte se canse um pouco daquela vida pacata de cidadezinha e resolva vir para um centro mais populoso...

Poderia ser aqui em Piracicaba, por exemplo. Sendo assim, vá que de repente eu e a sorte grande nos encontremos um dia, heim?!

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
O texto acima recebeu a 3ª Menção Honrosa no "XXXVIII Concurso Literário Felippe D'Oliveira - Edição 2015", da cidade Santa Maria-RS, sendo um dos 7 selecionados na modalidade "Crônica", categoria Nacional, dentre 176 crônicas apresentadas, nesse certame que teve a participação de candidatos de 15 estados do Brasil, além de Japão, Itália e Inglaterra.
Esse texto foi publicado neste blog em 24.05.2010, mas foram feitas pequenas correções e revisões no original, para envio ao concurso mencionado. Ao todo, foram cerca de "meia dúzia de palavras", no entanto, sem alteração substancial na extensão ou no conteúdo. Mesmo depois das revisões, pode ser que ainda haja alguma correção a ser feita.
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