A PENA:
Peguei a caneta tinteiro
e molhei no recipiente,
que já não continha tinta,
mas lágrimas cor da noite.
O papel esbranquiçado
ofereceu-me as pautas,
para pôr o que sentia
de maneira ordenada.
A ponta do instrumento
tentou não ferir a folha,
todavia marcou as fibras,
apesar de certo cuidado.
Desabafei com profundidade
palavras de minhas rasuras.
Julguei-me de pouco valor,
mas senti que valeu 'a pena'.
- RECANTODAS LETRAS: recantodasletras/Pirafraseando .
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