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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

MINHA POESIA:

VENTANIA: 

Sinto que estou num lugar

que não me oferece mais abrigo.

O que era uma simples brisa, 

transformou-se numa ventania

capaz até mesmo de destruir.

Encontro, finalmente, um refúgio,

que me protege do vento frio.

Já não percebo mais as rajadas.


Apenas sei mesmo que venta,

porque ouço um sopro penetrar

pelas frestas de um lugar qualquer.

Essa ventania agitada produz assobio,

que penetra por todas as cicatrizes,

provocando intensos arrepios.


Calafrios aumentam a pulsação

e deixam a respiração ofegante,

com inspirações e expirações contínuas, 

feito um vento que insiste em soprar,

mas não desarruma os cabelos,

mas, sim, o que está sob a cabeleira.


Agora já não sei mas ao certo

que temporal causa mais estragos;

se aquele que é provocado

pela agitação da atmosfera,

ou se o contido nas entranhas

da região temporal do crânio,

escondido entre as têmporas.

Só me resta esperar a calmaria!...


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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
(Protegido por Lei de Direitos Autorais, 9.610/98)
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