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quarta-feira, 5 de maio de 2021

MINHA POESIA:

A PENA: 

Peguei a caneta tinteiro 

e molhei no recipiente, 

que já não continha tinta, 

mas lágrimas cor da noite. 


O papel esbranquiçado 

ofereceu-me as pautas, 

para tentar por as coisas 

de maneira ordenada. 


A ponta do instrumento 

procurou não ferir a folha, 

todavia marcou as fibras, 

apesar de certo cuidado. 


Desabafei com profundidade 

palavras de minhas rasuras. 

Julguei-me de pouco valor, 

porém senti que valeu 'a pena'. 

 

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
(Protegido por Lei de Direitos Autorais, 9.610/98)
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