Translate

sábado, 18 de maio de 2019

MEU TEXTO:

Apenas um rapaz latino-americano

Na postagem de quarta-feita última, dia 15/05, eu publiquei uma poesia/composição musical, intitulada Bocas, feita em parceria, que teve como ponto de partida a conhecida música “Como nossos pais”, do consagrado cantor e compositor Antônio Carlos Belchior, que faleceu em abril de 2017.

Sendo assim, não poderia deixar de mencionar um momento muito especial que tive, ao conhecer esse artista pessoalmente, em dezembro de 2000. Apesar de não me lembrar com exatidão como fiquei sabendo, o fato é que chegou até mim a informação de que Belchior estaria se apresentando em um determinado barzinho, localizado na Rua do Porto, em Piracicaba-SP, cidade onde nasci e ainda resido.

Embora seja um local destinado ao turismo, situado às margens do Rio Piracicaba, com dezenas de bares de pequeno porte, procurados pelas famosas porções de peixe, acompanhadas de cervejas ou sucos variados, não costuma ser um lugar apropriado para apresentações artísticas de alguém renomado.

Embora não existissem as chamadas fake news,  fui até onde o artista supostamente se apresentaria, não acreditando totalmente que poderia ser verdade. Na pior das hipóteses, eu iria saborear alguma coisa, num final de tarde do último verão do século. Felizmente, na hora e local informados, eis que surge, finalmente, Belchior! 

Assim, de uma distância inferior a dez metros, foi possível assistir a sua forma pessoal de interpretar algumas das mais famosas composições, ele mesmo, ali sentado num banquinho e acompanhado do próprio violão. Dentre as músicas, não poderia faltar, é claro, “Como nossos pais”, considerada por especialistas uma obra prima da MPB.

Depois do show intimista, foi a vez da tietagem. Alguns fãs se apresentarem para tirar uma foto com o artista e eu, evidentemente, não poderia perder essa oportunidade. Numa das imagens aqui publicadas, junto com Belchior e eu, está meu irmão Alex, professor universitário, escritor e também outro coautor da música “Bocas”, inspirada na sua composição. Pelas imagens, dá para se ter uma ideia de trata-se de um local modesto, devido ao aspecto do “camarim” visivelmente improvisado.

Foi uma das maiores lições de humildade que eu vi pessoalmente num artista. Mesmo sendo ele alguém do quilate que era, colocou-se numa posição de igualdade com o público que o procurava, sempre com muita simpatia e total atenção.

Apesar de não haver cobrança de ingresso ou coisa do gênero, sua postura foi de uma pessoa repleta de simplicidade. Em pouco mais de um minuto de contato, estava eu lado a lado com uma celebridade, mas que comportou-se como sendo “apenas um rapaz latino-americano”, título de um de seus primeiros sucessos.

Muito obrigado, Belchior, pela atenção e pelo talento que inspira!

-----------------------------------------
AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini 
-----------------------------------------
 < CURRÍCULO LITERÁRIO E PREMIAÇÕES > 
ACESSE TAMBÉM ATRAVÉS DOS LINKS: 
- INSTAGRAM: @pirafraseando ;
- TWITTER: @PaschoaliniPc ;
- RECANTODAS LETRAS: recantodasletras/Pirafraseando . 
____________________________________

3 comentários:

  1. Recordação maravilhosa poeta, meu pai cantava muito essa música, crescir ouvindo ele cantar com voz e violão, perdemos muitos cantores bons, hoje as música tem poucas tem letras, são mais lixos musicais e não músicas boa como as de antes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que privilégio o seu de ter um pai que cantava pra vocês! Infelizmente eu tenho que concordar com você, pois as músicas e os cantores de hoje são de realmente de péssima qualidade. Seus comentários são sempre muito bem vindos. Grato, sempre! Abraço.

      Excluir
  2. Conheço muitas músicas mesmo n sendo da minha época por causa dele, ainda se arisca no violão ele. Foi um tempo bom

    ResponderExcluir