Peguei a caneta tinteiro
e molhei no recipiente,
que já não era de tinta,
mas lágrimas cor da noite.
O papel esbranquiçado
ofereceu-me as pautas,
para tentar pôr as coisas
de maneira ordenada.
A ponta do instrumento
procurou não ferir a folha,
todavia marcou as fibras,
apesar de certo cuidado.
Desabafei com profundidade
palavras de minhas rasuras.
Julguei-me de pouco valor,
porém senti que valeu ‘a pena’.
porém senti que valeu ‘a pena’.
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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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