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quinta-feira, 23 de julho de 2020

MINHA POESIA:

A PENA: 

Peguei a caneta tinteiro
e molhei no recipiente,
que já não continha tinta,
mas lágrimas cor da noite.

O papel esbranquiçado
ofereceu-me as pautas,
para tentar pôr as coisas
de maneira ordenada.

A ponta do instrumento
procurou não ferir a folha,
todavia marcou as fibras,
apesar de certo cuidado.

Desabafei com profundidade
palavras de minhas rasuras.
Julguei-me de pouco valor,
porém senti que valeu ‘a pena’. 

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AUTORPaulo Cesar Paschoalini
(Protegido por Lei de Direitos Autorais, 9.610/98)
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