Paulo Cesar Paschoalini

Paulo Cesar Paschoalini
Pirafraseando

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sábado, 17 de dezembro de 2016

UM TEXTO...

Não existe medo no amor...

"... Grande parte desse último ano e meio eu fique no hospital, lá em Huston. Eu sempre voltava para o hotel à noite andando por edifícios maravilhosos, inclusive o Hospital Infantil de Huston. Muitas noites eu parava ali e entrava naquele hospital. Entrando ali no hospital, existe um display enorme coberto por vidros, que são vários botões, ativam os trens, os brinquedos, muitas noites ali sozinho no silêncio, na solidão do hospital eu fiquei apertando aqueles botões e ficava vendo os trens passando pelos túneis, saindo do túnel, eu ficava olhando ali os trenzinhos, o cannyon dos dinossauros. Toda aquela maquete eu ficava ali vendo tudo aquilo, ouvindo os sons do circo, das crianças rindo e dos trens. Eu não sei porque eu gostava desse trenzinho, acho que é a minha vida se completando, ou será a criança dentro de todos nós, ou são aqueles poucos minutos da minha vida que a leucemia não consegue roubar de mim. O trem leva 2 minutos e 40 segundos para dar uma volta inteira. O que é o tempo quando você tem o diagnóstico de uma doença terminal como a leucemia. A sua percepção de tempo muda quando os médicos dizem ‘você tem três semanas de vida’. Você tenta viver ao máximo, ou fala ‘sei lá, não quero nem saber de três semanas’. Quando os médicos falam que a sua única chance de sobrevivência são 14 dias de quimioterapia intensa, 24 horas por dia, você fica contando todas essas horas, ou você vê cada dia como se fosse uma benção. Você não consegue comprar o tempo, você não pode negociar com Deus e não é um suprimento inesgotável. O tempo é somente a maneira como você vive a sua vida. Eu não sou especialista em tempo, em câncer, ou em vida. Sou um garoto de uma cidade pequena, Batavia. Eu torcia para o Chicago Cups e para mim esporte é a minha vida. Para mim nunca foi trabalho. Eu já vi touradas em Pamplona, eu já vi o Mário Andretti, em Indianápolis, em já estive na Grande Muralha da China. Eu já saltei de aviões, eu fui caçar crocodilos na Flórida. Eu já naveguei pelo Caribe, eu já entrevistei o Gregg Popovich, com os Spurs perdendo de 7 pontos no intervalo do jogo. Se eu devo alguma coisa a vocês, cada dia é como se fosse uma tela para ser pintada, uma oportunidade para amar, para lutar, para viver, para aprender. Para aqueles de vocês aí, que sofrem de câncer, enfrentando adversidades, eu quero que você saiba que a sua disposição para viver e a luta contra o câncer vai fazer uma diferença brutal. A maneira como você pensa influencia a maneira como você se sente e a maneira como você se sente, determina como você age. E para todos vocês aí, estamos evoluindo. A evolução é impressionante, como disse o vice-presidente. O programa (incompreendido) vamos encontrar a cura do câncer. Precisamos da sua ajuda. Precisamos continuar com as doações, precisamos continuar essa luta, nessa direção, juntos. Sou muito grato aos meus pais (nome dos pais), me educaram numa perspectiva otimista diante da vida. Eu sempre vejo o copo meio cheio, eu vejo a beleza dos outros e eu vejo esperança no futuro. Se não tivermos esperança e fé, não temos nada. Qualquer coisa que eu pudesse imaginar o que um diagnóstico faria com a minha coragem, foi justamento o oposto. Eu valorizo a vida ainda mais. Então, eu não vou desistir nunca. E eu não vou jogar a toalha de jeito nenhum. Eu vou continuar lutando, extraindo da vida tudo o que eu puder. Vou viver a minha vida com muito amor, com muita alegria. Eu só sei viver assim!..."

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Craig Sager
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COMENTÁRIO – Paulo Cesar Paschoalini:
Trecho das palavras dirigidas ao público presente na entrega do Prêmio “Jimmy V”, recebido pelo repórter Craig Sager recebeu o prêmio “Jimmy V”. O texto foi extraído da tradução simultânea do evento, transmitido pela ESPN Brasil e publicado no site da emissora em 15/12/2016, por ocasião da morte desse famoso jornalista estadunidense, aos 65 anos de idade.  Link: http://espn.uol.com.br/noticia/655623_lenda-do-jornalismo-esportivo-norte-americano-craig-sager-morre-aos-65-anos.
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domingo, 11 de maio de 2014

MINHA CITAÇÃO:

Planos

“Talvez o maior desafio do espírito humano
seja continuar fazendo planos,
mesmo sabendo que a vida
pode ter reservado outros planos para nós.”

"Maybe the biggest challenge the human
spirit is to continue making plans,
even knowing that life
may have made ​​other plans for us."
(Tradução livre - Free translation)

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
A frase é uma reflexão a respeito do que o destino (se é que ele existe) pode fazer de nós. Hoje é o sétimo dia do falecimento da minha sobrinha Renata, que repentinamente foi embora, com apenas 28 anos. Tenho lembrado com frequência de momentos relacionados a ela e a saudade é e será sempre inevitável. Como forma de consolo, resta-nos apenas apegarmos ao significado do seu nome: Renata = Renascida.        
Para ilustrar simbolicamente, a imagem publicada é do site www.donwloadswallpapers.com, onde podemos ver que os trilhos tiveram certamente um destino diferente daquilo que foi um dia planejado.
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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

UM TEXTO...

Envelhecer

Estamos envelhecendo. Não nos preocupemos! De que adianta, é assim mesmo.

Isso é um processo natural. É uma lei do Universo conhecida como a 2ª Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia. Essa lei diz que: A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta. Portanto, tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar.

Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós. Com o tempo os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam. Sendo assim, relaxe e aproveite. Parafraseando Freud: “A morte é o alvo de tudo que vive”. Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha daqui a 10 anos ele estará todo carcomido. O mesmo acontece a nós.

O conselho é: Viva. Faça apenas isso. Preocupe-se com um dia de cada vez. Como disse um dos meus amigos a sua esposa: “me use, estou acabando!”. Hilário, porém realista.

Ficar velho e cheio de rugas é natural. Não queira ser jovem novamente, você já foi. Pare de evocar lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige. Já viveu essa fase, reconcilie com a sua situação e permita que o passado se torne passado. Esse é o pré-requisito da felicidade. “O passado é lenha calcinada. O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto” como já dizia Cícero. Abra a mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho pra não se tornar caricatura de si mesmo. Fazendo isso ganhará qualidade de vida.

Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o preço a ser pago será muito elevado. Serão muitas plásticas, muitos riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora. 

A flor da idade ficou no pó da estrada. Então, para que se preocupar?!
Guarde os bisturis e toca a vida. Você sabe quem enche os consultórios dos cirurgiões plásticos? Os bonitos. Você nunca me verá por lá.

Para o bonito, cada ruga que aparece é uma tragédia, para o feio ela é até bem vinda, quem sabe pode melhorar, ele ainda alimenta uma esperança. Os feios são mais felizes, mais despreocupados com a beleza, na verdade ela nunca lhes fez falta, utilizaram-se de outros atributos e recursos. Inclusive tem uns que melhoram na medida em que envelhecem. Para que se preocupar com as rugas, você demorou tanto para tê-las! Suas memórias estão salvas nelas.

Não seja obcecado pelas aparências, livre-se das coisas superficiais. O negócio é zombar do corpo disforme e dos membros enfraquecidos. Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos. Advêm consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres.

Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena a ruína sua própria alma. Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as imposições da natureza e viva a sua fase. Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu.

Se não viveu na fase devida o melhor a fazer é esquecer. A causa do sofrimento está no apego, está em querer que dure o que não foi feito para durar. É viver uma fase que não é mais sua.

Tente controlar essas emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios. Isso pode sufocar a vida e esvaziá-la de sentido. Não dê ouvidos a isso, temos a tentação de enfrentar crises sem o menor fundamento. Sua mente estará sempre em conflito se ela se sentir insegura. A vida é o que importa. Concentre-se nisso.

A sabedoria consiste em aceitar nossos limites. Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades. Isso é loucura, é exagero. Faça o que pode ser feito com o que está disponível.

Quer um conselho? Esqueça. Para o seu bem, esqueça o que passou. Têm tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está.

Coisas do passado não te pertencem mais. Se você tem esposa e filhos experimente vivenciar algo que ainda não viveram juntos, faça a festa, celebre a vida, agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute. Aceitando ou não o processo vai continuar. Assuma viver com dignidade e nobreza a partir de agora.

Nada nos pertence. Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de Belo Horizonte. Não posso dizer que pelo fato de conhecer grande parte do Brasil sou mais feliz que ele. Muito pelo contrário, parecia exatamente o oposto. O que importa é o que está dentro de nós, a velha máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter pouco fora”.

Esse é o segredo de uma boa vida.
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TEXTO: Professor Pacheco (?)
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COMENTÁRIO - Paulo Cesar Paschoalini:
Recebi o texto acima, por e-mail, de duas pessoas diferentes e, portanto, suponho que ele esteja sendo divulgado e seja do conhecimento de muita gente. Mesmo assim, por ter achado o conteúdo interessante, resolvi postar aqui no blog, muito embora desconheça o nome completo e maiores detalhes sobre o autor.
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