Paulo Cesar Paschoalini

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Pirafraseando

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sábado, 15 de junho de 2024

MINHA CITAÇÃO:

CALIGRAFIA 

É no traçado do vento 
e desalinho das nuvens,
que se faz querer revelar 
a caligrafia do céu.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
(Protegido por Lei de Direitos Autorais, 9.610/98)
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- 15 DE JUNHO: é o "Dia Mundial do Vento" e "Dia Mundial da Energia Eólica". Essa data começou a ser celebrada de 2010 pelo 'Global Wind Energy Council' e a 'European Wind Energy Association'.

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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

MINHA POESIA:

(D)EFEITO ESTUFA: 


Temperatura extrema, hostil,
do chamado 'aquecimento global',
nada mais é que o estado febril
de um planeta doente, afinal. 

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
(Protegido por Lei de Direitos Autorais, 9.610/98)
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sábado, 26 de março de 2022

MINHA CITAÇÃO:

(D)EFEITO ESTUFA: 

"A alta temperatura, 

decorrente do chamado 

'efeito estufa',

nada mais é 

que a constatação

do estado febril

em que o planeta doente

se encontra."

 

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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terça-feira, 22 de junho de 2021

MINHA CITAÇÃO:

(D)EFEITO ESTUFA: 

"A alta temperatura, 

decorrente do chamado 

'efeito estufa',

nada mais é 

que a constatação

do estado febril

em que o planeta doente

se encontra."

 

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sábado, 3 de outubro de 2020

MEU CONTO:

 Um canto de liberdade.



Os primeiros raios de sol começaram a iluminar o ninho que construí sobre a velha figueira, onde eu dormia, e me fez despertar. Assim que me pus em pé, agitei as asas e toda a plumagem amarelada para me espreguiçar melhor. Tudo indicava que era mais um dia normal ali naquele bosque. Parecia que seria novamente uma sucessão de horas e mais horas voando feliz pelo reino da Terra. 

Voei, então, até o regato que contornava algumas árvores e caminhava pela mata, desviando-se das pedras que permaneciam estáticas em seu leito. Beberiquei daquela água cristalina para saciar a minha sede matinal. Em seguida, saí para voar através daquele verde que a natureza plantou à minha volta e, enquanto batia as asas, eu engrossava o coral de cantoria que a passarada entoava toda a vez que o dia amanhecia.

Era maravilhoso ter todo o tempo do mundo para brincar com o vento e depois saltitar de galho em galho, de árvore em árvore, fazer voos rasantes ao solo, ou subir alto em direção ao azul do céu salpicado de nuvens esbranquiçadas. A alegria irradiava de um horizonte ao outro e era possível sentir a tranquilidade que se espalhava por todo aquele “bosque encantado”.

Apesar de viver feliz naquele lugar, eu tinha muita curiosidade em saber o que acontecia além dos limites da mata. Mas sempre fui desencorajado pelas andorinhas a ir muito longe. Elas contavam que, além do bosque, existia uma cidade grande onde vivia o ser humano, um animal estranho, incapaz de entender e respeitar os outros animais.

Contavam, inclusive, que os homens chegavam a aprisionar e a matar algumas espécies só por prazer. As andorinhas disseram, também, que os humanos eram capazes até de matar uns aos outros. Era difícil de acreditar nessas histórias, pois já cheguei a ver poucas vezes alguns adultos em companhia de crianças, andando pelas trilhas da mata, e eles não me pareciam agressivos.

De repente, um alvoroço tomou conta do bosque. Era um sinal de alerta para todos se cuidarem, pois o “bicho homem” se aproximava. Voei rapidamente até o ninho e permaneci lá imóvel e em silêncio. Eu pude ouvir as suas vozes quando passaram próximo de onde eu estava e seguiram em frente. Arrisquei espiar e vi que pararam perto dali por alguns instantes e logo mais foram embora. Assim que o perigo passou, todos os animais deixaram o seu abrigo e a vida voltou ao normal por toda a mata.

Só por curiosidade, sobrevoei o lugar onde eles permaneceram por algum tempo e vi alguns objetos estranhos que deixaram por ali. Como eram esquecidas essas pessoas! Foram embora e não se lembraram de levar tudo aquilo que trouxeram. Eu sei que os outros pássaros tinham me alertado para não me aproximar dos humanos, mas eu queria saber algo mais sobre eles. Já que eu não podia ir até a cidade, não deixaria de perder a oportunidade de ver de perto alguma coisa feita por eles. Além do mais, tudo que estava ali parecia inofensivo. Então, eu cheguei mais perto e observei os detalhes dos materiais estranhos que eles produziam.

Era ao mesmo tempo curioso e fascinante ver o que a mão humana é capaz de fazer. Objetos de madeira e arame colocados de forma inusitada, dando aos materiais um aspecto interessante. Notei, também, que os homens tinham deixado para trás um pouco de comida perto dos objetos. Como era hora do almoço, não poderia deixar passar todo aquele banquete que estava à minha frente, com quitutes que eu jamais havia visto e dificilmente teria igual oportunidade novamente. Fui dando uma bicada aqui, outra ali e tudo estava uma delícia. Então saltei na direção de uma caixa de pedaços de madeira com fios de arame, com bastante alimento dentro dela.

Porém, para a minha surpresa, assim que me ajeitei no poleiro, uma tampa de arame se fechou sobre mim e eu me vi prisioneiro. Comecei a piar, aos gritos, mas os poucos que se aproximavam não conseguiram me tirar de lá. Naquele momento compreendi como era assustador ver o que a mão humana é realmente capaz de fazer.

Permaneci preso por algumas horas até que os humanos voltaram. Ficaram felizes ao me verem no alçapão onde eu estava e me levaram dali em direção ao povoado. Aí, finalmente eu conheci a tal cidade. Um emaranhado de pedras sobrepostas, repleta de seres humanos apressados e preocupados em não perder tempo. No ar esfumaçado, um cheiro desagradável que em nada lembrava o perfume que as flores que existiam na mata exalavam. O homem é um animal muito estranho, pois onde ele mora quase não existem árvores por perto e é um absurdo ver que o pouco de verde que ainda resta no lugar ele mesmo se encarrega de ir destruindo.

Hoje eu estou preso já há algum tempo numa gaiola. Desde que fui trazido para cá, sinto muito medo quando uma pessoa chega perto de mim. Aos poucos eu passei a entender o que os humanos falam, muito embora eles não me entendem nem um pouco. Toda vez que alguém diferente me vê, sempre pergunta se eu sou um canário do reino ou da terra. Que diferença isso faz, já que o meu reino é toda a Terra? ... Ou pelo menos era!...

Quando eu expresso algum som, alguém se aproxima de mim e sorri dizendo que eu estou cantando alegremente. Como pode um ser que se diz inteligente achar que alguém que está preso é capaz de cantar feliz? Como pode alguém, que luta tanto por sua própria liberdade, fazer tudo para tirar a liberdade de outro ser vivo, só porque tem uma plumagem de coloração atraente e emite um som interessante? Seria o mesmo que um ser humano prendesse outro de sua espécie, simplesmente por ele se vestir bem e ter uma linda voz. Isso é um absurdo, assim como não tem nenhum cabimento eu estar preso!

Os homens não percebem que o som que eu emito não é um canto. Algumas vezes é um lamento e, outras, um gemido de dor. Porém, na maioria das vezes, o meu “cantar” é um grito, um clamor por liberdade. Nesses sons que expresso eu tento manifestar que muitas vezes eu sinto fome e frio. Mas o que mais me machuca é a solidão e, principalmente, a tristeza por ter sido feito prisioneiro apenas porque a natureza me fez encantador e indefeso.

Todos os dias eu olho em direção ao “bosque encantado” e às vezes choro por saber que nunca mais vou voltar a ver aquele lugar. E sempre que eu vejo o topo da copa das árvores que lá existem, que estão cada vez mais distantes de mim, eu me pergunto:

– Que mal eu fiz ao ser humano para ele me condenar à prisão perpétua?!

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AUTORPaulo Cesar Paschoalini
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 < CURRÍCULO LITERÁRIO E PREMIAÇÕES > 
COMENTÁRIO: O texto foi publicado no blog da "Revista Vicejar" em 02.10.2020, onde o escritor possui vários textos de sua autoria, atuando como Colaborador do blog e do site. Para ler mais acesse:
BLOG DA REVISTA VICEJAR: http://revistavicejar.blogspot.com/
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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

MINHA CITAÇÃO:

Conta-gotas: 

“Cortar árvores
e poluir rios;
eis duas maneiras
eficientes de se
cometer suicídio
a conta gotas.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini 
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terça-feira, 12 de março de 2019

MINHA CITAÇÃO:

Consequências: 

"O ser humano jamais produziu tanto 'lixo' e talvez a natureza nunca tenha sido mais clara em querer devolver, na forma de consequências, tudo aquilo que ele é capaz de produzir." 

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
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domingo, 27 de setembro de 2015

MINHA CRÔNICA:

Despertando consciência

E não é que de repente todos passaram a se preocupar com o meio ambiente!? Ou, pelo menos, quase todos. Para que isso fosse possível, foi necessária a iminência da instalação de uma usina termelétrica nas imediações de Piracicaba, para subir de vez a temperatura da opinião pública.

O assunto do momento é a virtual instalação da malfadada usina, que desde já vem tratando de produzir energia suficiente para gerar uma certa polêmica. É bem verdade que a maioria da população não dispõe de dados necessários para dar um parecer acerca do assunto, mas, mesmo assim, muita gente faz questão de se informar para poder emitir a sua opinião e isso eu vejo de uma forma muito positiva. Se essa usina termelétrica for capaz de despertar a consciência da população para questões ecológicas, que até então eram vistas apenas como modismo, já terá cumprido o seu papel.

Apesar das pessoas em geral não terem conhecimento técnico suficiente para falar sobre o assunto, o que chama a atenção é o bom senso daqueles que se posicionam de forma contrária a instalação da tal usina. Pessoas que, assim como eu, conheceram um rio caudaloso no passado, hoje se deparam com um leito que conduz águas escuras e silenciosas, sem forças para levarem para longe a insensatez daqueles que, sob os mais variados pretextos, insistem em interferir no curso natural das coisas, sem se preocupar com consequências futuras.

Muito próximo das margens do rio Piracicaba, são lançados esgotos domésticos e resíduos industriais das mais variadas origens, deixando peixes e outros seres vivos sedentos por um pouco de águas claras, que estão prestes a serem novamente subtraídas. Em seu leito a vida já não vem encontrando mais condições para se desenvolver e, a continuar assim, tudo que ali existe estará caminhando em direção a morte certa. Os peixes de muitos quilos só são pescados na memória daqueles que conheceram um rio, que foi fonte de inspiração para muitas músicas que enalteciam a sua beleza, mas hoje, infelizmente, agoniza.

Pessoas ligadas às mais variadas entidades vem se mostrando preocupadas com a natureza e isso é muito salutar. No entanto, o engajamento nessa luta pela vida não tem sido visto por parte de um segmento fundamental da sociedade. Boa parte das religiões tem adotado uma postura de neutralidade diante desse problema crucial, numa clara atitude de que “isso não é comigo”. Claro que é!

Não digo que as religiões devam apenas opinar com relação a instalação ou não de Carioba II. Não me refiro somente a essa ação específica, mas sim a uma atitude mais abrangente visando despertar a consciência para com o meio ambiente e a preservação da natureza de um modo geral. Diversas crenças dizem que Deus muitas vezes se manifesta através da natureza, mas não “mexem uma palha” para preservar essa mesma natureza. Na verdade, uma ou outra religião tem se manifestado sobre o assunto, mas numa cidade com inúmeras tendências religiosas, a participação tem sido um tanto quanto tímida e discreta.

É sabido que a água é usada como símbolo em muitos cultos religiosos. Algumas vezes ela é usada em rituais de batismo, outras para lavar escadarias e outras, ainda, para cerimônias à beira mar. Existem, também, outras formas mais de utilizar a água e todas com um forte significado simbólico, nas mais diversas crenças. Porém, já passou da hora das religiões perceberem que a água não é apenas um simples símbolo. Mais do que isso, esse líquido precioso é essencial para preservar aquilo que se tem de mais sagrado: a Vida. Ao Ser Supremo coube criar e ao ser humano cabe preservar a criação.

Infelizmente a maioria das religiões vem se omitindo em relação a essa questão vital. Muitas crenças vem adotando uma atitude tal qual Pilatos, que lavou as mãos quando se viu diante de um problema que envolvia vida e morte. Basta de omissão!

“E disse também Deus: Ajunte-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. A porção seca chamou Deus, Terra. E o ajuntamento das águas, mares. E viu Deus que isso era bom” (Gênesis 9 e 10).

Seria importante que todas as religiões contribuíssem, assumindo uma posição mais efetiva  com relação a sobrevivência do ser humano e de preservação da natureza. Chegou o momento de se tomar uma atitude concreta. E verá o ser humano que isso será muito bom...

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: O texto acima foi publicado na página A-2 do "Jornal de Piracicaba", edição de 18.05.2001. O jornal em questão é um dos meios de comunicação mais tradicionais da região. Foi fundado no ano de 1900, cobre 13 cidades e tem tiragem estimada em 20.000 exemplares em dias úteis e 32.000 em finais e semana (sucursalsp.com.br).
Apesar de ter sido escrito há um certo tempo, trata-se de um assunto muito atual, tendo em vista as mudanças climáticas que afetam o clima do planeta, principalmente nos últimos anos. Por isso, tem sido um dos principais temas abordado pelo Papa Francisco nos Estados Unidos, na visita que terminou hoje.
Foi a minha primeira crônica publicada e aproveito a oportunidade para agradecer a Joacir Cury, na época Editor Chefe do "JP", pela gentileza em estampá-la naquela edição. Hoje, quando eu leio novamente o texto, eu o vejo com outros olhos e, certamente, o teria escrito de maneira diferente; não saberia dizer qual seria o seu conteúdo, mas sei que seria de outro modo. Afinal, transcorridos mais de 14 anos, o mundo passou por diversas transformações, assim como o contexto em que vivemos se tornou diferente. Por muita coisa ter mudado em torno de mim, sinto que eu também não sou mais o mesmo.
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