Lupy: 25 anos
“Eu tive um sonho...”. Muito embora essas
palavras sejam do início do discurso de uma consagrada personalidade mundial,
acredito que seja isso que mova o espírito humano: “o sonho”.
Assim, um dos meus sonhos era ter um
“pedacinho de chão” para curtir com a família e também poder “bater uma
bolinha” nos finais de semana com alguns amigos. Graças a meus pais aqui presentes,
que eu aproveito para agradecer, isso foi possível por um longo tempo e foi também
o início de uma bela história.
No final de 1989, um campinho de
futebol passou a abrigar um grupo de pessoas que tinha como finalidade não
propriamente disputar partidas, mas a prática de um esporte. Afinal, “quem não
sonhou ser um jogador de futebol”, como diz aquela música do Skank.
Esse sonho era despretensioso, pois
não foi projetado um determinado tempo para isso. Era somente sábado após
sábado. Embora não houvesse a preocupação com relação à quantidade, havia uma
condição imprescindível: a qualidade das pessoas!
Sendo assim, além das jogadas e de
alguns golzinhos, os verdadeiros golaços ficaram mesmo por conta do “depois dos
jogos”, quando os laços que foram construídos, e que permanecem, eram mais
sólidos que aqueles que sustentam as redes que vez por outra balançava a cada
tento anotado.
Desses laços, gostaria de mencionar a
solidariedade que presenciamos quando do acidente que envolveu três dos nossos
amigos. Pudemos constatar que algumas pessoas levaram às últimas conseqüências a
expressão “amigos de sangue”. Felizmente os três estão com plena saúde. Aliás, como
revés, quis o destino que o único caso de atleta ausente por “força maior” fosse
justamente de meu irmão Valter.
Contudo, o que importa é que hoje
estamos todos aqui reunidos para comemorar. E essa comemoração só foi possível
porque as centenas de pessoas que conviveram conosco durante todo esse tempo tiveram
a mesma preocupação em convidar “os melhores”, não como jogadores, mas como seres
humanos.
Gostaria de lembrar que o início “não
foi só o Paulinho”, como muitos insistem em dizer. Mas,
principalmente, de muitas pessoas que “compraram essa ideia” e porque no começo
tinha um alguém com a preocupação de cuidar com carinho do gramado, mesmo não
jogando nele: “Seu Armando”.
E por falar no “Seu Armando”, eu queria
destacar também o Sr. Toninho Sinhoreti, pai do Mário, que cede seu espaço
familiar para essa “Turma do Lupy”. Agradecimento especial ao Juca, lembrando,
em particular seu pai, Sr. João Silveira, que esteve ao nosso lado em muitas
oportunidades. Não esquecer de mencionar o Naia e o Sr. Egisto Mazine, pai do
Fábio, por disponibilizarem suas chácaras para eventos. Sintam-se também homenageados
os pais de todas as pessoas que aqui estão. Podemos constatar de que se trata
de um grupo que privilegia a família.
Apesar das circunstâncias e
coincidências da vida, tenho certeza de boa parte das pessoas que se encontram
nas chamadas “peladas sabadais” dificilmente teriam outra oportunidade de se
conhecerem. Esse deve ser nosso maior orgulho!
Sou grato aos meus irmãos e aos amigos
que iniciaram, como também a cada um pela participação importante que tiveram
ao longo do tempo e principalmente àqueles que ainda persistem. Se as pessoas lá
não comparecessem, aquele que possui sua chácara ou sítio talvez não tivesse
com quem desfrutar aquele espaço.
No caso específico de hoje a noite, um
agradecimento especial a todas as pessoas que se desdobraram para que esse encontro
fosse possível.
Se pensarmos que existem muitos relacionamentos,
ou mesmo pessoas, que não duram sequer 25 anos, temos hoje a noite motivos de
sobra para comemorar. Além do mais, estamos vivendo um dos raros momentos em
que a realidade consegue superar um sonho... Um sonho sem a pretensão de ser “de
ouro”, mas que conseguiu alcançar o status de “Bodas de Prata”.
Lupy é o nome de um cachorrinho, que faz companhia para todos nós depois do bate-bola de sábado a tarde. Nada melhor o que um cachorro para sintetizar a fidelidade que construímos ao longo do tempo. Essa turma do Lupy é mesmo “boa pra
cachorro”. Muito obrigado a todos vocês!
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TEXTO: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
Texto lido no jantar em comemoração aos 25 anos da "Turma do Lupy". No final deste ano, estamos completando "bodas de prata" de um pouco de futebol e, acima de tudo, muita amizade. Tudo começou com um grupo de pessoas, que acabou se desdobrando em outras... e mais outras, até chegarmos a essa comemoração. Tenho a satisfação pessoal de ter sido um dos primeiros. Abraço a todos! Para saber um pouco mais dessa turma maravilhosa, acesse o blog: http://lupy-futebolclube.blogspot.com.br/
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