Esta é mais uma das músicas compostas há mais de 20 anos (registrada em 1997), em parceria com meus irmãos Alex e Zé Roberto. Dessa vez a intenção era fazer algo que tivesse uma mensagem positiva, tomando como referência as adversidades comuns à época. No entanto, no final do século XX jamais se imaginava uma situação semelhante aos dias de hoje, em razão da pandemia. Por essa razão, penso que o conteúdo da letra é muito atual, buscando elevar a autoestima de todas as pessoas, independente da condição social do ouvinte. Uma das definições de caminhada é “percurso”, onde existe um início e um destino definido. Porém, na caminhada da vida, certamente qualquer pessoa poderá dizer: “não lembro bem o ponto de partida, nem sei onde (quando) vai ser a chegada”, não existindo, portanto, um caminho determinado. Lembrando uma citação do poeta Thiago de Mello: “Não tenho um caminho novo. O que tenho de novo é um jeito de caminhar”. Agora, os acontecimentos do mundo atual nos convidam a uma desafiante jornada interior, percorrendo caminhos curiosamente desconhecidos por todos nós, apesar de ser o mais próximo que se pode ter, remetendo-nos a inevitáveis reflexões a respeito de nós mesmos.
A interpretação é do Zé Roberto e a gravação está com um arranjo (também do Zé Roberto) mais atual, muito embora tenha sido realizada em estúdio amador. Os novos recursos utilizados têm como objetivo melhorar a qualidade do áudio, mas ainda está em processo de aprimoramento. Boa caminhada a todos! TEXTO: Paulo Cesar Paschoalini
Esta música também foi composta há mais de 20 anos (registrada em 1997), em parceria com meus irmão Alex e Zé Roberto. Como o estilo sertanejo (não o chamado “sertanejo universitário”) estava em evidência naquela época, decidimos fazer uma composição mais voltada ao segmento sertão, com destaque às coisas da zona rural.
Desse modo, o ponto de partida foi o seguinte: imagine alguém abrindo a janela de uma casa num sítio ou fazenda, e descrevendo aquilo que vê e ouve do lugar, desde os primeiros raios de sol até a chegada da quietude da noite. Algo do tipo, “Paisagem da janela”, composição de Fernando Brant e Lô Borges, que ficou conhecida na interpretação de Beto Guedes. O cenário seria diferente, com motivos rurais.
O Zé Roberto fez a melodia e o Alex e eu fomos encaixando dentro da métrica, rima e características das palavras, conforme o rascunho de uma ideia que já existia. A linguagem musical tem a sua maneira peculiar de se expressar e, com alguns ajustes “aqui e ali”, a composição finalmente ficou do jeito que queríamos. Aí o Zé Roberto fez esse arranjo maravilhoso!
Como a música pedia uma voz que tivesse um tom mais alto, mais agudo, o Dênis (Edenilson Rizzo), nosso amigo, que participa de apresentações em Piracicaba e região, foi convidado a gravar a primeira voz, ficando segunda voz (a de fundo) com o Zé Roberto (olha ele aí de novo). A dupla ficou perfeita! As gravações foram realizadas em estúdio amador, conforme os recursos disponíveis ao equipamento utilizado na época. A execução musical está em “midi”, uma espécie de sintetizador sequenciado de instrumentos. No entanto, atualmente os arranjos estão sendo atualizados, com objetivo de melhorar a qualidade do áudio e deixá-las mais apresentáveis. TEXTO: Paulo Cesar Paschoalini
(Protegido por Lei de Direitos Autorais, 9.610/98)
-----------------------------------------
(*) OBSERVAÇÃO: Os dois últimos versos do final do texto é menção à poesia "Memória", de Carlos Drummond de Andrade, do livro "Claro enigma". < CURRÍCULO LITERÁRIO E PREMIAÇÕES >