O Pinheiro
Elegante
talhe de verticalidade.
É a altitude.
É a altitude.
Agreste
seiva de resina.
É o perfume.
Alvas
carnes de perenidade.
É o abrigo.
Verde
pulmão de oxigênio.
É a saúde.
Rico
leite dos pinhões.
É o alimento.
Perfil
delicado e simétrico.
É a beleza.
Legião
de braços erguidos.
É a solidariedade.
Galhos
voltados para os céus.
É a oração.
Ó
gentil pinheiro,
Formoso símbolo da minha Terra,
Heróica sentinela da Mantiqueira!
Heróica sentinela da Mantiqueira!
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AUTOR: Pedro Paulo
Filho
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COMENTÁRIO – Paulo Cesar
Paschoalini:
O
poema acima está entalhado em uma placa de madeira, afixada próxima ao
portão de acesso ao “Palácio do Governador”, uma das atrações turísticas da
cidade de Campos do Jordão-SP. Essa linda construção é um museu e centro
cultural, cercada por uma infinidade de pinheiros, planta característica do
lugar. O texto e a informação da autoria do poema foram extraídas do entalhe da
placa reproduzida na imagem. O autor nasceu em 1937, na cidade de Pindamonhangaba-SP, radicando-se em Campos do Jordão, atuado como advogado, além de ter se tornado uma conhecida figura pública, muito atuante na região de Campos do Jordão. Faleceu em 2014. Destaque especial para sua frase: "A saudade é o perfume da ausência" (Fonte: internet, diversos sites).
O que eu gostaria de destacar no poema é a simplicidade e, ao mesmo tempo, a sensibilidade utilizada para descrever essa "sentinela", que marca presença na paisagem. Penso que em poesia não é necessário o emprego de termos rebuscados e, em alguns casos, nem a utilização da rima (como nesse, por exemplo), apesar de bem vinda em muitas ocasiões. A foto foi feita em julho de 2016, quando tive o prazer de visitar a mencionada cidade.
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