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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

MINHA POESIA:

Alinhavar: 

Não sei costurar, nem bordar;
quando muito, ponho-me a alinhavar.
Não sou de envolver-me com linhas;
agulhas de tricô ou crochê, não me atrevo.
Tampouco abotoaduras, colchetes e travas.
Não ajusto o que parece largo
e a largueza é o que me é justo.

Cinto, cintura, moldes, modelos;
acertar o comprimento, é barra
O que é curto revela-se
e o que se mostra, eu ‘curto’.
Mangas folgadas, ou apertadas,
golas que abraçam palavras,
e ombros que carregam leveza.

Entre laços, laçadas e nós,
de todo esse tipo de empreitada,
só arrisco-me a pregar botões...
Mas somente se forem de rosas!
E no constante cerzir de palavras,
no regar e brotar de sentimentos,
aguardo o tempo do florescer!...

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini 
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OBSERVAÇÃO: O texto é parte integrante do original "Mar adentro, mundo afora...", livro de poesias aguardando parceria/patrocínio para publicação.
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