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sexta-feira, 31 de março de 2017

MINHA CRÔNICA:

Big Brother Brasil: Mais do mesmo
Como vem acontecendo todos os anos, boa parte da mídia dirige seu arsenal para a edição do famigerado BBB (para muitos, Bobagem em dose tripla), alcançando altos índices de audiência, segundo a emissora. Não se pode negar que a propaganda é bem trabalhada e as chamadas geram expectativas. Mas o que faz do formato reallity show um sucesso? O que leva grande parte do público a fixar o olhar durante a exibição de programas dessa natureza?

O que se vê são diálogos inconsistentes, de pessoas vivendo uma falsa rotina, diante de olhares curiosos e ávidos por cenas mais íntimas, envolvendo participantes dotados de atributos físicos para atrair a atenção do telespectador. Aliás, o apelo estético é justamente o mais explorado, já que pouco se pode esperar dos candidatos no tocante ao nível intelectual.

Depois de algum tempo, o telespectador se vê revestido de poder suficiente para decidir o destino dos participantes, contrastando com a incapacidade de resolver a própria vida. Sente-se importante contribuindo para a escolha daquele que vai ganhar uma considerável soma em dinheiro no final de poucas semanas, mas não se empenha para mudar a sua condição de assalariado mal remunerado de todo mês.

Questiona-se quem dentre os participantes será eleito o mais simpático, bonito ou sexy, mas não acerca do rumo que está sendo traçado pela classe política. Não se dá conta de que o vencedor do BBB não mudará em nada a sua vida. Em contrapartida, pouco faz com relação aos representantes que escolheu para decidirem sobre assuntos como educação, segurança, e saúde. Aqueles que influem ainda na geração de empregos, ou definem condições para que o cidadão possa se aposentar com dignidade.

Sem poder interferir diretamente na estrutura televisiva, o telespectador não tem a consciência de que é capaz de influir na grade de programação das emissoras, simplesmente recusando-se a assistir certas atrações. Ao invés disso, acomoda-se em sua poltrona e sujeita-se ao papel de “voyeur” compulsivo em busca de cenas picantes, que possam dar algum tempero à vida insossa que a maioria costuma levar.

Muito embora os apresentadores sejam celebridades, que gozam de certo prestígio no meio artístico, curvam-se ao mesmo patamar de futilidades, optando por trilharem um caminho na contra mão do que se espera de um programa de qualidade, entregando-se à conveniente máxima do “pagando bem, que mal tem”.

Talvez esse tipo de programa represente o retrato fiel do que tem sido a TV brasileira. Uma fábrica de alienação coletiva capaz de ditar normas, comportamentos e costumes de acordo com inúmeros interesses. O telespectador submete-se à modismos da “telinha” e passa a se sentir “um poço de sabedoria” por assistir a determinados programas, ou por saber cada vez mais das novidades dos bastidores.

Quem vai ganhar? Todos os participantes sairão ganhando de alguma forma. Por não serem artistas, passarão a ocupar um considerável espaço na mídia. Alguns estamparão capas de revistas, dos mais variados gêneros, cujo conteúdo se assemelha ao nível do programa, conseguindo os tais “15 minutos de fama”, muitas vezes efêmera.

Quem sai perdendo? Não é difícil de responder. Novamente o público dedica o seu tempo assistindo a uma atração que “vai do nada para lugar nenhum”, sem acrescentar algo de relevante à sua vida.

Dessa maneira, na ânsia de conseguir índices de audiência a qualquer custo, as emissoras continuam apresentando cada vez “mais do mesmo”, recheado com a banalidade de sempre. E assim, enquanto a TV vai vendendo os seus produtos, o telespectador continua sendo um comprador de ilusões... Ou desilusões?

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TEXTO: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: O Programa “Big Brother Brasil” está em sua 17ª edição, o “BBB 17”, e é apresentado pela Rede Globo. O texto acima reflete a minha visão particular com relação a essa atração diária, exibida durante boa parte dos primeiros meses de cada ano na televisão brasileira. Gostaria de ressaltar, no entanto, que respeito opiniões contrárias a essa apresentada, bem como o direito de cada um poder escolher e assistir àquilo que mais lhe convém.
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segunda-feira, 27 de março de 2017

MINHA CITAÇÃO:

Intuição...

"Intuição é uma maneira de flertar desinteressadamente com o impossível e se sentir extasiado ao alcançar o improvável."

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
Acesse o site "Pensador.uol.com.br" e encontre outras frases do autor no link: http://pensador.uol.com.br/autor/paulo_cesar_paschoalini.
Depois, aproveite para curtir e/ou compartilhar algumas delas nas Redes Sociais. Também fica o convite para acessar a página do Facebook: https://www.facebook.com/Paulo.cesar.paschoalini.Pirafraseando.
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quinta-feira, 23 de março de 2017

MEU TEXTO:

A invasão silenciosa das palavras

Quando observamos a história, constamos que ela é escrita pela ótica dos conflitos entre povos, que desenharam a geopolítica existente, estabelecendo as fronteiras dos dias atuais. Toda vez que um povo era conquistado, o vencedor impunha a todo custo a cultura, religião e costumes, além do idioma.

Não é novidade que termos oriundos de outros países fazem parte do nosso linguajar. Muitos foram aportuguesados, sofrendo pequenas alterações para se adequarem ao idioma. Para ilustrar, do latim originaram palavras como estilo, item, lucro e ônibus; do árabe, açougue, açúcar, alfaiate, algodão, arroz e garrafa; do italiano, aquarela, banquete, boletim, camarim, maestro e tchau; do francês: abajur, dossiê, garçom, menu, e toalete. Mas têm mais.

A língua inglesa também se faz presente. O chamado “anglicismo” é a incorporação de termos em inglês, para designar objetos ou fenômenos novos ao nosso vocabulário. Mas alcançou enorme proporção após o advento da informática. Por exemplo: internet, Facebook, whatsapp, back-up, CD, display, download, e-book, e-mail, fake, hacker, interface, link, login, mouse, net, notebook, no-break, off-line, on-line, pixel, playlist, press, print, scanner, software, site, smartphone, spam, twitter, tablet, wi-fi e word, entre outros.

A princípio, somos levados a acreditar que o contato com palavras estrangeiras se dá somente quando estamos às voltas com o ambiente de estudos ou trabalho. Vejamos abaixo a descrição de um momento de lazer. As palavras estrangeiras, de várias origens, foram grafadas em destaque:

Depois de ir ao Shopping e pagar com meu CARD, passei pelo pedágio com minha pick-up, flex com airbag, recebi o ticket e saí para curtir o réveillon com a família. Não precisa ser expert para ver que o hotel era top, bem classificado no ranking do segmento, padrão Spa, ideal para um relax. Tratamento VIP, conforme o marketing que constava no outdoor (ou, billboard) do Resort.

Após o check-in, fizemos um tour, até a liberação do quarto. Era tipo standard, com um hall para acesso a dois ambientes, de layout muito agradável. Num deles, uma cama box, ladeada por um abat-jour de design moderno e um poster com cores em dégradé, no alto da parede. Ao lado, uma minicozinha com frigobar e cooktop com timer.

No período da tarde, peguei meu kit de fitness: tennis, short de nylon e camiseta de poliester, para atividade indoor. O monitor agia como um personal trainer, ajudando a melhorar minha performance. Em seguida, fui até uma piscina com ondas, parecendo praia de surf, com pessoas exibindo tattoo e piercing.

Para quem estava acostumado com sandwich de hamburger ou hotdog com katchup, do menu do trailer da esquina, ou um delivery do Disk-pizza, a comida do jantar era o must. O garçon serviu o couvert, com croissant e pâté. Bebidas free, já que era all inclusive, podendo abusar de drinks e cervejas long neck, ao invés de refrigerantes diet. Comidas no sistema self-service, com grill à vontade.

Durante o jantar, músicas light e em seguida um show com pot-pourri de ritmos country, pop e funk. No final da noite, flash night para quem gosta de rock, realçado pela qualidade de back vocal e luzes de neon, led e laser. As apresentações cover, com o look correspondente, foram o up da noite.

Após esse período fora do meu habitat, meu feeling me diz que esse upgrade foi essencial, antes de eu dar um feedback ao cardiologista, que me alertou sobre fazer um check-up, para ver se está tudo OK comigo. Espero que ele me receite um replay disso tudo.

Como podemos observar, são expressões que já fazem parte do nosso dia a dia. Para alguns linguistas, isso representa uma evolução. Há quem diga se tratar de uma invasão silenciosa das palavras, ou uma sutil colonização através de uma nova cultura. Eu costumo dizer, ironicamente, que a língua falada no Brasil sofreu tanta influência de termos estrangeiros, que até o livro de definição de suas palavras, o “Aurélio”, é “de Holanda”.

Temos que ficar online com as novidades, para não nos vermos off-line do mundo.
Thank you and goodbye.
The end.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
Um texto baseado na crônica publicada no Jornal de Piracicaba, em 2002, com termos atualizado, novos ingredientes, e descrição de um cenário diferente àquele mencionado na época. Postado neste Blog em 21.03.2017.
O texto também foi publicado no site "Portal Raízes", e pode ser acessado através do link: http://www.portalraizes.com/invasao-silenciosa-das-palavras, ou pelo Facebook do "Portal": https://www.facebook.com/portalraizes/?fref=ts.
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quarta-feira, 22 de março de 2017

MINHA CITAÇÃO:

Língua pátria...

"A língua falada no Brasil sofreu tanta influência de termos estrangeiros, que até o livro de definição de suas palavras, o 'Aurélio', é 'de Holanda'."

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
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terça-feira, 21 de março de 2017

MINHA CRÔNICA:

Invasão estrangeira

Muito tem se falado sobre o uso exagerado de termos em inglês nos dias de hoje. Defensores ferrenhos da Língua portuguesa têm se manifestado contrários ao que podemos chamar de uma sutil invasão estrangeira, que tem americanizado até mesmo a nossa cultura popular, haja visto a onda country que tem influenciado a música, vestuário e costumes dos jovens, em boa parte do país.

Mas não é só o jovem que tem sofrido essa influência. Se pararmos para observar, muitas palavras do idioma inglês estão fazendo parte do nosso dia-a-dia e, sem que percebamos, já foram incorporadas ao nosso vocabulário quase que naturalmente. Se o leitor ainda não se deu conta desse anglicismo, basta acompanhar a narrativa do que pode ser a rotina de muita gente:

Você trabalha a semana inteira em frente de um computador e vive às voltas com software, hardware, e CD-ROM, tem que dar um tratamento VIP aos clientes e só para quando vai almoçar num self-service. O pouco de lazer que tem é o happy hour para tomar um drink com os amigos. Não vê a hora de chegar o fim de semana para ir a um flash night ou a algum show que tiver na cidade. Mas, antes você pega a sua pick-up, com insulfilm e air bag, e vai ao Shopping center passear com a família. Durante o passeio, você dá uma olhada no show room de várias lojas que têm outdoor espalhados pela cidade. Aí sua esposa resolve ir ao hipermercado comprar leite light e refrigerante diet para casa, shampoo para ela, CD para o filho, short e top de cor pink para a menina e uma calça jeans para você.

Para esses gastos o seus saldo bancário é o suficiente. No entanto, a mulher vê um freezer que ela gostaria de ter há algum tempo. Além do mais, gostaria que você levasse uma TV nova, stereo, com close caption ou picture and picture. Para você esses recursos não importam pois só usa o on e off da televisão. O menino quer um video game de presente e a garota um aparelho de CD que possua também um tape deck que seja auto reverse. Sua esposa quer levar um blazer que você vai vestir num casamento onde a maioria dos convidados estará usando black tie. Então, você convence a família que não dá para comprar tudo aquilo nem mesmo usando o seu CARD que, apesar de estar escrito international, o limite dá para comprar muito pouco dos produtos vendidos no Brasil.

Depois de algum tempo caminhando, é hora de parar num fast food, para comer alguma coisa. Seus filhos pedem hot dog e milk shake; sua esposa, um X-salada (na verdade cheese salada) e, para beber, um cocktail de frutas; você quer um X-egg bacon acompanhado de uma cerveja long neck. Na hora de pagar a conta, você utiliza alguns tickets que a empresa lhe paga junto com o salário mensal.

Toda essa vida agitada leva você a fazer um check-up periódico, para ver se não está a beira de um stress. Felizmente, quase sempre tudo OK.

Como é fácil notar, os termos em língua inglesa estão por toda parte. Com certeza, a maioria dos leitores conseguirá entender quase que a totalidade do texto, mesmo aqueles que nunca chegaram a ter aulas de inglês. A tendência natural é que, com a globalização, o uso desses termos estrangeiros aumentem cada vez mais. Segundo dados divulgados pela TV, cerca de 380 milhões de pessoas falam o inglês como língua nativa e, em todo o mundo, mais de 1 bilhão estão em processo de aprendizagem desse idioma derivado do anglo-saxão, devido ao seu uso universal.

Talvez não seja o caso de discutir se a introdução desses termos é prejudicial ou não à Língua portuguesa. A realidade é que a necessidade nos impulsiona na direção de novos conhecimentos. Segundo uma frase ouvida já há algum tempo, "o analfabeto do século XXI será aquele que não tiver curso de inglês e informática". Pois bem, o terceiro milênio já começou e temos que ter a consciência de que tudo caminha continuamente e aquele que ficar parado apenas observando tudo isso acontecer, sem acompanhar essas mudanças, será esmagado pelo rolo compressor da modernidade, que avança de maneira impetuosa.

O texto não tem a intenção de fazer qualquer propaganda de escolas de inglês ou informática. É apenas uma sugestão para que, de alguma forma, as pessoas busquem atualizar-se, já que isso não é uma questão de opção, mas sim de necessidade, ou até mesmo de sobrevivência.
The End.

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: Texto publicado no "Jornal de Piracicaba", quando atuei como colaborador nos anos de 2001, 2002 (época da publicação) e 2005. Agradecimento ao jornalista Joacir Cury, Editor do "JP" naquele período.
Podemos verificar que muitos termos em inglês, incorporados ao nosso vocabulário, já caíram em desuso, devido a velocidade de incorporação de novas palavras, oriundas de novas tecnologias.
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segunda-feira, 20 de março de 2017

MINHA CITAÇÃO:

Dividir o tempo...

"Querendo dividir o tempo?... Engano!
Na verdade, o tempo é quem fragmenta a nosso querer."

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
Acesse o site "Pensador.uol.com.br" e encontre outras frases do autor no link: http://pensador.uol.com.br/autor/paulo_cesar_paschoalini.
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quarta-feira, 8 de março de 2017

MINHA POESIA:

Mulheres de sempre 

Quantas mulheres de ontem,
que nunca souberam o que é amar.
Quantas mulheres de hoje,
conhecidas por saberem a arte de amar.

Ontem, quantas mulheres caladas;
hoje, quantas mulheres faladas.
Ontem, hoje e sempre...
quantas mulheres desejadas!

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: Uma homenagem ao "Dia Internacional da Mulher", comemorado hoje, onde se deve exaltar a luta da mulher ao longo da história, buscando se sentir inserida numa sociedade preconceituosa e ainda machista. O poema foi publicado na página 20 do livro "Arcos e Frestas", uma das obras selecionadas no "3º Concurso Blocos de Poesia, da Editora Blocos, lançado em 2003. 
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domingo, 5 de março de 2017

MINHA CITAÇÃO:

Exceção

"A vida tem lá as suas regras,
mas cada um de nós se sente uma exceção."

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
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