Sinto que estou em um lugar
que
já não me oferece mais abrigo.
O
que no começo era uma simples brisa,
transformou-se
em uma ventania
capaz
até mesmo de destruir.
Encontro,
finalmente, um abrigo,
que
me protege do frio do vento.
Já
não sinto mais as rajadas.
Apenas sei mesmo que venta,
porque
ouço um sopro penetrar
pelas
frestas de um lugar qualquer.
Essa
ventania agitada produz assobio,
que
penetra por todas as cicatrizes,
chegando
a provocar intensos arrepios.
Calafrios aumentam a pulsação
e
deixam a respiração ofegante,
com
inspirações e expirações contínuas,
feito
um vento que insiste em soprar,
mas
não desarruma os cabelos
e,
sim, o que está sob a cabeleira.
Agora já não sei mais ao certo
qual
temporal provoca mais estragos;
Se
aquele que é provocado
pela
agitação da atmosfera,
ou
se aquele agito contido nas entranhas
da
região temporal do crânio,
escondido
entre as têmporas.
Só me resta esperar a calmaria!...
Só me resta esperar a calmaria!...
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TEXTO: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO:
O texto foi publicado na página 27 do livro “Arcos e Frestas”, Editora Blocos, no ano de 2003. A obra foi uma das 12 selecionadas no “3º Concurso Blocos de Poesia”, dentre 287 concorrentes inscritos. A imagem foi extraída do site " dds-bta.nl ".
O texto foi publicado na página 27 do livro “Arcos e Frestas”, Editora Blocos, no ano de 2003. A obra foi uma das 12 selecionadas no “3º Concurso Blocos de Poesia”, dentre 287 concorrentes inscritos. A imagem foi extraída do site " dds-bta.nl ".
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