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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

MINHA POESIA:

A PENA: 

Peguei a caneta tinteiro 

e molhei no recipiente, 

que já não continha tinta, 

mas lágrimas cor da noite. 


O papel esbranquiçado 

ofereceu-me as pautas, 

para pôr o que sentia 

de maneira ordenada. 


A ponta do instrumento 

tentou não ferir a folha, 

todavia marcou as fibras, 

apesar de certo cuidado. 


Desabafei com profundidade 

palavras de minhas rasuras. 

Julguei-me de pouco valor, 

mas senti que valeu 'a pena'. 

 

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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
(Protegido por Lei de Direitos Autorais 9.610/98)
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OBS.: Texto registrado na FBN / EDA, em 2014 ] 
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