Sopro
Um último suspiro...
Um sopro brando
levou para longe um agito contido,
que não se continha mais.
A inquietação não se dissipava.
Já não tinha mais
aquele explosivo jeito sereno,
que explodia serenidade.
A tranquilidade foi abandonando
a sua essência pouco a pouco.
Prefiro lembrar você
no gozo de sua lucidez.
Quando estava perto,
seus pensamentos vasculhavam,
ao longe, o infinito do saber.
Agora, que está longe,
vim saber que o infinito é muito perto.
Aprendi que a distância que separa
os limites da vida e o infinito
é de exatamente um sopro...
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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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Um último suspiro...
Um sopro brando
levou para longe um agito contido,
que não se continha mais.
A inquietação não se dissipava.
Já não tinha mais
aquele explosivo jeito sereno,
que explodia serenidade.
A tranquilidade foi abandonando
a sua essência pouco a pouco.
Prefiro lembrar você
no gozo de sua lucidez.
Quando estava perto,
seus pensamentos vasculhavam,
ao longe, o infinito do saber.
Agora, que está longe,
vim saber que o infinito é muito perto.
Aprendi que a distância que separa
os limites da vida e o infinito
é de exatamente um sopro...
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AUTOR: Paulo Cesar Paschoalini
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COMENTÁRIO: Hoje faz precisamente 15 anos que meu irmão Valter se foi. Eu sei que pode parecer clichê, mas realmente me dá a impressão que foi ontem. Se isso foi ontem, posso dizer que anteontem mesmo estávamos ali em nosso quintal, brincando com os carrinhos que nós mesmos fabricávamos, lembra? A palavra saudade certamente não é suficiente para expressar a sua falta.
Foi uma das pessoas mais presentes na minha vida, até então, já que era dois anos mais velho que eu e eu aprendi muito, mas muito mesmo com ele! Estudamos nas mesmas escolas, frequentamos juntos muitos lugares em nossa juventude e também trabalhamos na mesma empresa.
Lembro-me que, certa vez, ele leu alguns de meus textos e um dia me disse que eu deveria publicá-los. Apesar da simplicidade de cada linha, o tipo de incentivo como esse me fizeram reunir os poemas e me levou a acreditar numa eventual publicação. Porém ele não chegou a ver meu livro pronto.
Foi uma das pessoas mais presentes na minha vida, até então, já que era dois anos mais velho que eu e eu aprendi muito, mas muito mesmo com ele! Estudamos nas mesmas escolas, frequentamos juntos muitos lugares em nossa juventude e também trabalhamos na mesma empresa.
Lembro-me que, certa vez, ele leu alguns de meus textos e um dia me disse que eu deveria publicá-los. Apesar da simplicidade de cada linha, o tipo de incentivo como esse me fizeram reunir os poemas e me levou a acreditar numa eventual publicação. Porém ele não chegou a ver meu livro pronto.
O poema acima eu escrevi três semanas depois de sua partida e foi publicado na página 51 do meu livro "Arcos e Frestas". Nos agradecimentos, eu mencionei que o texto era em sua memória e dediquei aos seus filhos Jean, Vitor e Renata. Quis o destino que a Renata nos deixasse em maio de 2014 e, independente da crença de cada um, de certa forma, eles estão juntos agora.
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