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sexta-feira, 29 de julho de 2016

UMA POESIA...

O Pinheiro

Elegante talhe de verticalidade.
É a altitude.
Agreste seiva de resina.
É o perfume.
Alvas carnes de perenidade.
É o abrigo.
Verde pulmão de oxigênio.
É a saúde.
Rico leite dos pinhões.
É o alimento.
Perfil delicado e simétrico.
É a beleza.
Legião de braços erguidos.
É a solidariedade.
Galhos voltados para os céus.
É a oração.
Ó gentil pinheiro,
Formoso símbolo da minha Terra,
Heróica sentinela da Mantiqueira!

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AUTOR: Pedro Paulo Filho
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COMENTÁRIO – Paulo Cesar Paschoalini:
O poema acima está entalhado em uma placa de madeira, afixada próxima ao portão de acesso ao “Palácio do Governador”, uma das atrações turísticas da cidade de Campos do Jordão-SP. Essa linda construção é um museu e centro cultural, cercada por uma infinidade de pinheiros, planta característica do lugar. O texto e a informação da autoria do poema foram extraídas do entalhe da placa reproduzida na imagem. O autor nasceu em 1937, na cidade de Pindamonhangaba-SP, radicando-se em Campos do Jordão, atuado como advogado, além de ter se tornado uma conhecida figura pública, muito atuante na região de Campos do Jordão. Faleceu em 2014. Destaque especial para sua frase: "A saudade é o perfume da ausência" (Fonte: internet, diversos sites).
O que eu gostaria de destacar no poema é a simplicidade e, ao mesmo tempo, a sensibilidade utilizada para descrever essa "sentinela", que marca presença na paisagem. Penso que em poesia não é necessário o emprego de termos rebuscados e, em alguns casos, nem a utilização da rima (como nesse, por exemplo), apesar de bem vinda em muitas ocasiões. A foto foi feita em julho de 2016, quando tive o prazer de visitar a mencionada cidade.
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